Uma nova estratégia adotada pela defesa de Sergio Moro (União Brasil-PR), que solicitou que os novos documentos protocolados pelo diretório nacional do Podemos e pela Fundação Trabalhista Nacional sejam retirados do processo, que tramita com investigação judicial eleitoral contra o ex-juiz Sergio Moro, no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná e, que pede a cassação do mandato e uma nova eleição ao senado no Paraná, seja outra articulação para se ganhar tempo.
O desembargador e relator D’Artagnan Serpa Sá do processo deve analisar o pedido, mas por causa deste novo fato ele adiou os depoimentos que eram para ter ocorridos em 25 de outubro. Agora a previsão é que as oitivas tenham início no dia 29 de novembro se nada de novidade não surgir nesta semana. Quanto ao depoimento de Moro, que podem ficar até sem comparecer está remarcado para 7 de dezembro.
Todos os documentos que compõem a ação, são diversos comprovantes de despesas da época da pré-campanha em que Moro ainda era filiado ao Podemos e viajava pelo Paraná como se fosse candidato à Presidência. Quem conta com este êxito no processo é o PL do Paraná e a federação formada por PT, PV e PC do B, que desejam uma nova eleição para senador no estado o quanto antes, ou em outubro de 2024 juntamente com a de prefeitos municipais.
Os dois interessados atestam que Moro não registrou gastos com a pré-campanha eleitoral e que os valores gastos somados as despesas de campanha ao Senado, extrapolam os limites determinados caracterizando abuso de poder econômico. Na ação o PL aponta também a utilização desproporcional dos veículos de comunicação e alguns indícios de corrupção na eleição.
O time de Moro nega todas as acusações e diz que essa ação é fruto de natureza política e da vingança do partido de Lula e Bolsonaro que tem interesse na vaga.
Os dois diretórios do Podemos e do União Brasil, tiveram que entregar todos os documentos que comprovam gastos e pagamentos efetuados com notas fiscais da época. Os partidos chegaram a apresentar também documentos complementares alegando a famosa “falha técnica” no dia 17 de outubro totalizando mais de 868 páginas e em 23 de outubro outra remessa com 334 páginas.
Os advogados de defesa de Moro disseram que o Podemos não comprovou a “falha técnica” e aponta que o partido viola “os princípios de cooperação, lealdade e boa-fé processuais ao promover a juntada extemporânea de documentos dos quais já dispunham à época em que realizadas as primeiras juntadas”.
GUSTAVO ESTRANHOU A QUANTIDADE
“É curioso proceder-se à juntada de mais de um milhar de páginas –com mais de um mês de atraso e após proferida decisão que designou as audiências de oitiva das testemunhas”, diz o advogado do senador, Gustavo Bonini Guedes, ao pedir ao relator que os novos documentos, aqueles apresentados durante o mês outubro pelo Podemos, sejam retirados do processo, ou que ao menos os depoimentos sejam adiados, para que não haja prejuízo à defesa.
Por enquanto continua remarcada as datas das oitivas e do depoimento do senador, se irão ocorrer será outra história, ainda mais que já se começa a se falar em férias forenses. Mas que Paulinho Garupa já teria encomendado um terno novo azul da Brokefilds e uma bateria de foguetes para o dia da posse já corre nos bastidores!!