O HOMEM E O FEITO! LULLA EX PRESIDIÁRIO

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Então hoje Lulla e Requião que já desfilaram glorificados na Rua XV de Novembro, aplaudidos por milhares e milhares trancam-se a sete chaves no Espaço Positivo, em Curitiba e na cidade de Londrina vão a acampamento do MST, ainda protegidos por forte esquema de proteção e segurança! 

O tempo de alegria foi entre 2002 e 2006 quando ambos elegeram-se com suporte em propostas de moralização e outras tantas que versavam sobre tratar o interesse do povo como prioridade. 

O governo petista terminou com inúmeras e incontáveis prisões e mais do que isto com uma permanente sensação de incompetência administrativa, esta por certo decorrente da equivocadíssima estratégia de Lulla de ungir uma néscia para que dele sentissem saudade. Neste ponto Lulla repetiu a estratégia de Fernando Henrique que trabalhou por Lulla imaginando voltar em 4 anos! 

Remanescem discussões relativas à Pedágio, Porto de Paranaguá e certo secretário de comunicação! O tempo é o Senhor da razão e não apaga a pedra de Platão; “ao tempo”!  

Voltando a Lulla, vale enfatizar que o blog oficial do PT informa que o ex-convicto “retorna triunfal à Curitiba” depois do serviço Lewandowski de lavanderia de curriculum! 

Seria muito legal se o petista resolvesse fazer uma prova de veracidade das pesquisas feitas sob a égide financeira dos velhos bancos tipo Itaú,  e dissesse assim, bem assim:

“ Velho cumpanhero Bob Champagnat, chame a Gleyse que eu chamo o Zé Dirceu e vamo desce a rua XV, e mostra como somos populares”! 

SOLUÇÕES DOS POPULISTAS 

Irrita-me sobremodo o discurso populista irresponsável e absolutamente dissociado da realidade econômica que se reduz a “vamos assumir para resolver a carestia da comida, baixar a gasolina, e as tarifas de agua e energia elétrica”! Mas em verdade, os populistas nada mais fazem que se locupletar da eterna falta de vigilância do povo que insiste em acreditas que existe almoço grátis. Ora o mais simples raciocínio amparado no não menos simplório suporte fático leva a verdade histórica de que quem promete “baixar ou acabar”, nem baixa nem acaba, seja contrato ou situação econômica! Analisar os detalhes das situações propostas é por demais fastidioso considerando que fatores externos influenciam hoje do preço do pão (trigo) a gasolina! Destarte governantes de Estado sequer tem ingerência no setor, até porque nesta etapa há isonomia entre estados no que tange ao ICMS. 

Então fica assim e segue assim. Entra Juca que diz que vai resolver o que Manduca não fez e no fundo nada muda. Tudo que pinta de novo pinta no redondo do povo! 

ESTRATÉGIAS DE MARKETING 

Preocupa-me a comunicação do governo Bolsonaro, porque está descurando de uma parcela extremamente relevante da população. O time do ex-presidente que esteve preso, como se sabe trabalha com afinco e qualidade e nesta etapa tem desde Maurício de Souza da turma da Mônica até Juninho Pernambucano falando com a juventude através de um mecanismo nominado “lulaverso.com”, onde é tratado como sendo de espírito jovem, honesto, imaginem só leitores, honesto e como sendo o presidente que ajudou os pobres. Há uma intensa ação dirigida a eleitores de primeiro voto e a secundaristas, até porque o convencimento dos mesmos é tão intenso quanto o dos universitários, tarefa delegada ao Magistério. 

Parece-me muito claro que os estrategistas do ex-presidiário contam com a possibilidade de através de um processo midiático massacrante, fazer com essa faixa etária esqueça-se do processo criminoso de ataque aos cofres públicos levados a cabo nos governos petistas. Salta aos olhos, todavia, a ausência de um trabalho específico do grupo do atual Presidente dirigido à mulher brasileira, aos mais jovens e às minorias. 

Reconheço que um governo, quando se candidata à reeleição, tem o dever moral de relatoriar suas realizações, seus feitos e as realidades dos eleitores. Todos reconhecem que a mídia tradicional se dedica às 24 horas de cada dia para desconstruir Bolsonaro. Também se sabe que as redes sociais e a mídia alternativa como um todo foram preponderantes em 2018. Os grupos bolsonaristas estão ativos na mídia social, mas corroborando a preocupação inicial do comentário, não vejo a mesma intensidade entre os eleitores da faixa etária mais baixa. 

PESQUISAS 

A cada nova pesquisa, fica mais patente e claro o cenário de 2022. Terceira via, se existiu, nesta etapa dela só se tem lembrança… O governador de São Paulo, que apostou tudo (até mesmo sua calcinha apertada) nos efeitos da pandemia, não tem sequer estofo e estrutura para tentar uma reeleição naquele Estado. Ciro continua sendo o Ciro de sempre: não chega a dois dígitos, porque a realidade dos seus votos está atrelada ao saudosismo do patrono do PDT; este sim, uma estrela com luz própria, Leonel de Moura Brizola. 

O neófito em política, Sérgio Moro imaginou que a sua figura mítica e heroica no que tange ao desmonte da quadrilha petista seria suficiente para iluminá-lo como starlet na eleição presidencial. Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa, como a história política já provou em relação a Sílvio Santos e a José Ermínio de Moraes. Contra Moro, ainda trabalha o fato de que ele está num partido em construção, de pequena bancada e tempo televisivo escasso. 

Outras figuras que poderiam ter relevância erraram muito no ano de 2021; dentre elas, destaco Simone Tebet. Conheci bem Ramez Tebet, pai de Simone, que quando deambulava nos tapetes do Senado recebia homenagens à sua esquerda e à sua direita. A filha construía com correção a sua trajetória, até que hipnotizada pela cobiça política e pelas melífluas influências reptilianas de Renan e Aziz ficou do tamanho daquele anão Randolfe, que lembra muito aquele personagem da trilogia O Senhor dos Anéis, Gollum. 

Por último, o jovem Eduardo Leite, se tiver bom senso, se candidata à reeleição no Rio Grande do Sul, onde ainda tem chance. 

SENADO 

Nesta semana, bastante alvoroço no que tange às candidaturas ao Senado, não só no Paraná como em outros Estados. Em São Paulo, o Datena faz de novo o que costuma fazer em períodos eleitorais, ou seja: “o faz que foi, mas acabou não fondo”. Por aqui, as pesquisas continuam indicando que Álvaro Dias tem em média, no pico mais alto, cerca de 40% das intenções de voto. 

Pessoalmente, entendo que os grandes eleitores no Paraná neste pleito de 2022 serão, não necessariamente nesta ordem, Lulla e Bolsonaro. As pesquisas, sempre elas, também indicam que ambos têm individualmente entre 30 e 33% de eleitorado fiel para o pleito que se avizinha. Nem um deles, até agora, informou quem é o seu candidato ao Senado aqui no estado. Lulla, como se sabe tem candidato ao Governo, Bob Champagnat, mas não se sabe deste lado quem virá para o Senado. Bolsonaro ainda não anunciou quem apoia, nem para o Governo, nem para o Senado. Como não é difícil prever, o eleito sairá de uma destas 3 vertentes, a saber: a reeleição de Álvaro, ou a eleição de alguém dos dois outros grupos citados. 

Escutei com atenção e respeito à entrevista de Álvaro ao edil Denian Couto. É perceptível o esforço do Senador para manter a união efetivada com Ratinho Jr em 2018. Insiste o senador no fato de que não confirmada à união, ele poderá se sentir convocado para disputar o Governo do Paraná. 

Nesta etapa, me permito expor ao leitor uma confidência: vivíamos o ano de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2002. Recebi nos estúdios da Televisão do ilustre senhor Luiz Mussi para um programa ao vivo Roberto Requião e Osmar Dias. O programa acabava às 22 horas. No dia seguinte, convenções dos partidos de Requião e de Osmar. Em determinado momento, fora do ar, Requião diz claramente a Osmar: “se o Álvaro não for candidato, eu te apoio e não serei candidato ao Governo”. Naquela etapa, ambos eram senadores pelo Paraná. Osmar afirma que está tentando insistentemente ligar para Álvaro, sem obter resposta, entretanto. De verdade, a confirmação da candidatura de Requião só veio na manhã seguinte, na convenção do então PMDB, realizada na majestosa sede do Paraná Clube. 

Contei essa estória apenas para enfatizar que o real cenário eleitoral só se torna visível no dia do fecha rosca das convenções partidárias. Como os personagens são todos vivos, o leitor poderá confirmar a veracidade de qualquer um dos citados. 

A ESTRATÉGIA DE RICARDO BARROS 

Como se sabe, Ricardo sempre trabalha pensando na eleição presente e na futura. Surpreendeu a todos com a filiação de Guto Silva e a possibilidade de oferecer a ele alternativa da cadeira senatorial. Evidentemente tal estratégia tinha apoio do Iguaçu, que buscava assim abrir o leque de opções para o Planalto Central. 

Tal estratégia provocou uma reunião no início desta semana entre Ratinho Jr e Bolsonaro. Por óbvio, o que ali foi tratado está conservado sob 14 chaves (7 do Presidente, e mais 7 do Governador). O que não é preciso ser vidente para perceber é que os laços entre Bolsonaro e Ratinho Jr estreitaram-se nesta etapa, e que o nome do candidato ao Senado, o que o Presidente não faz segredo e lhe interessa em muito, vai sair de um consenso entre os envolvidos. 

PSD 

O PSD, partido oficial no Estado do Paraná, mostrará na próxima sexta-feira (25) sua consistência e força política. É importante para o atual Governador o grupo de solenidades que ocorrerá neste dia. Ele reforça – e reforça muito – as suas lideranças regionais. Com efeito, estão sob seu albergue três títeres da Assembleia Legislativa: Traiano, Romanelli e Alexandre Curi. Outras lideranças regionais e também outros deputados trocam aliança com o Governador nesta etapa. Consolida-se, assim, a liderança do Iguaçu que já houvera dado mostra de sua capacidade de articulação, quando atraiu o MDB. 

ESPORTIVA 

Há que reconhecer o esforço hercúleo de abnegados que buscam manter vivos os seus clubes de futebol. Os “oriundi” do inesquecível Clube Atlético Ferroviário choram lágrimas comoventes face à desconstrução de sua história e do patrimônio gigantesco do próprio Ferroviário, do Esporte Clube Pinheiros, do Britânia e do Palestra Itália, patrimônio que vaza consuetudinariamente pelos dedos dos apaixonados por estes inesquecíveis clubes. 

No Alto de Todas as Glórias, uma tentativa amparada pela lei aplicável à espécie, de mercê uma Recuperação Judicial, encontrar forma de sanear os erros cometidos na história recente da instituição. Cabe lembrar aos dirigentes do Coritiba a lição do maior presidente da história do Clube Atlético Ferroviário, a saber, Hipólito José Azur: caminhando pela Vila Capanema ao lado de Ronald Osti Pereira, ensinava o mestre “a verdade do futebol dura 24 horas”, e ela depende do resultado esportivo. Portanto, ou o Coritiba vai bem no campo, ou a cobra vai fumar, e por enquanto, o time continua medíocre apesar de estar sendo acompanhando pela sorte. 

ORAÇÃO DE OGIER BUCHI:

Estamos livres das máscaras. Amém! 

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