Força-Tarefa retoma as investigações e deverá denunciar o ex-diretor da Petrobras por crimes de lavagem de dinheiro nos próximos meses
O Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR) analisa o oferecimento de novas denúncias por crimes de lavagem de dinheiro contra o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, na continuidade das investigações da Força Tarefa Lava-Jato (FT/MPF/PR). Ele está preso, preventivamente, desde a quarta-feira (11 de junho), a pedido do Ministério Público Federal.
De acordo com o FT/MPF/PR, a prisão de Costa, determinada Juiz Federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, teve como motivos – além daqueles originários da prisão anteriormente decretada – o fato de ele ter ocultado da Justiça a existência de passaporte português e a descoberta de contas em bancos no exterior, com um montante de cerca de 23 milhões de dólares, em nome de offshores de sua responsabilidade. Além disso, também foram encontrados outros 5 milhões de dólares em contas de familiares e terceiros. As informações foram obtidas por comunicação espontânea do Ministério Público da Suíça e, para o MPF, indicam a potencialidade de fuga de Costa para o exterior.
Lava-Jato – A Operação Lava-Jato foi deflagrada no dia 17 de março deste ano pela Polícia Federal. O objetivo foi desarticular um esquema de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros capitaneados por conhecidos doleiros. O MPF instituiu uma Força-Tarefa, no dia 7 de abril, para dar continuidade à operação, e até o momento, em virtude das medidas de busca e apreensão e quebras de sigilo bancário, mais de 10 mil documentos estão sendo analisados.
Informações adicionais podem ser obtidas nos autos 5040280-37.2014.404.7000, que tramitam perante a Justiça Federal em Curitiba.
