OSMAR DIAS E ROBERTO REQUIÃO VÃO SE UNIR NA ELEIÇÃO DE 2018 ESQUECENDO AS AGRESSÕES PESSOAIS DO PASSADO?

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Política é isso.
A política é dinâmica.
Na política o passado não interessa.
Por interesses comuns, na política esquece-se o passado.
Essas e outras desculpas estarão, certamente, entre aquelas que serão usadas na tentativa de mascarar uma aliança política que está se desenhando para as próximas eleições.
Quase sacramentada, segundo o noticiário interessado em espalhar o “acordo de cavalheiros”, que estão se confirmando pelos recentes encontros entre Osmar Dias e Roberto Requião, visando formar uma dobradinha, um candidato a governador e outro ao senado, unindo PDT e PMDB, além de outros aliados numa composição cujo objetivo é conquistar, mais uma vez, cargos públicos em disputa nas próximas eleições.
E o povo paranaense o que é que diz a respeito?
Convenhamos, é uma questão que deve ser analisada com muita atenção, principalmente neste momento em que a política nacional passa por uma faxina que deve se completar com mudanças radicais a serem implementadas com as eleições de outubro vindouro.
Será que os dois esqueceram as agressões de 2006, quando uma campanha a governador disputada pelos dois os levou à agressões verbais onde nem o aspecto familiar foi respeitado?
DEBATES
A Folha de São Paulo, em sua edição de 28 de outubro de 2006, por exemplo, destacou em manchete que “Requião troca ofensas com Osmar até sobre religião”, lembrando, ainda, que em encontro na televisão os adversários lançaram suspeitas sobre patrimônio familisr e falando até sobre casamento.
Diz a reportagem da época que “ Em desvantagem de seis pontos, segundo Datafolha e Ibope, Osmar começou batendo e assim continuou. Requião buscou a posição de vítima, depois trocado pelo ataque”.
Deixando no ar que “Requião mente o tempo todo, até na pergunta”, e que contém “um baú de maldades”, Osmar Dias ironizou propaganda de Requião em que o mesmo pedia orações, dizendo claramente que “Eu lhe conheço, sei que você não tem fé, não tem nem religião. Sei que está sendo falso quando pede orações”.
Requião contra-atacou dizendo que nunca mudou de partido, deixou no ar que estava casado há 37 anos com a mesma mulher, e que nunca havia mudado de religião.
Tal posicionamento de Requião objetivou desgastar Osmar Dias que era do PMDB, mudou para o PSDB e depois para o PDFT, atingindo-o familiarmente pelo fato de Osmar ter passado um período separado da psicóloga Maria Tereza Orlando, embora reatando posteriormente, motivando Requião a levantar suspeitas até quanto a aliança do mesmo com Jaime Lerner, do PSB.
Apesar de elogiar a atuação de Osmar Dias como seu Secretário da
Agricultura, entre 1991-1994, deixou no ar que teria errado nesta nomeação do irmão de Álvaro Dias, a pedido do mesmo.
O debate comentado pela Folha de São Paulo, conta que o o mesmo descambou para um bate=boca, com acusações sobre a casa do irmão, Eduardo Requião, em Miami, enquanto Requião falava de seu patrimônio com três fazendas, uma maior que muitos municípios paranaenses.
Aliás, nestes tempos de desavenças entre os dois por conta da campanha política na época, Requião levantou suspeitas sobre uma Fazenda em Lagoa da Prata, no Tocantins, comprada de forma irregular segundo acusação do mesmo, obrigando Osmar a mostrar documentos sobre o negócio realizado com tal aquisição.
Requião, ainda, no auge da campanha foi quem usou como meio de derrotar seu adversário Osmar Dias, suspeitas levantadas contra o companheiro de chapa do mesmo, candidato a vice, DerliDonin, prefeito no sudoeste e que foi escrachado de forma a desmoralizá-lo politicamente, prejudicando assim a campanha de Osmar Dias.
ATUALIDADE
Hoje, doze anos depois, tudo foi esquecido.
Será?
Por quais interesses, indagarão os paranaenses que tem memória e ficam em dúvida quanto a comportamentos deste tipo.
O que teria aproximado novamente os dois políticos que pretendem nas próximas eleições concorrer a governador e senador respectivamente?

Há quem aponte recentes aproximações petistas com lideranças políticas hoje em baixa mas que teriam levado agora a uma nova aproximação para defesa de interesses expressos naquelas oportunidades.
Como a política é bastante dinâmica, como dizem uns e outros, situações como esta de uma nova parceria entre Osmar Dias e Roberto Requião, estaria muito bem encaminhada, faltando tão somente combinar com o eleitorado.

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