PARA ONDE VAI O PDT; REQUIÃO – O BRIGÃO; BOICOTE AO PARANÁ TEM NOME!

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Não vai, ainda. Apesar de bem adiantado em relação às chapas de pré-candidatos para deputados estaduais e federais, além de dispor de três opções de nomes para disputar o cargo de senador, o PDT paranaense poderá ter que deixar sua convenção para as vésperas do prazo final. É que o partido está longe de decidir ainda que rumo tomar quanto a disputa mais importante, do governo do Estado. A executiva estadual pedetista pretende finalizar nos próximos dias as listas preliminares de pré-candidatos à Assembléia Legislativa e Câmara Federal, para analisar as possibilidades de alianças ou lançamento de chapas próprias nas eleições proporcionais. Se dependesse do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que esteve em Curitiba no meio dessa semana, o partido vai apoiar a senadora petista Gleisi Hoffmann na eleição para o governo do Paraná. Mas não depende de Lupi, por isso ele admitiu que há questões regionais ainda a serem ajustadas, assim como as definições das políticas públicas que serão defendidas na eleição. Uma aliança com o PT pode ser interessante para os pedetistas tanto na majoritária quanto na proporcional. Sem nome para disputar o Palácio Iguaçu e distanciado dos tucanos – ao menos publicamente – apoiar Gleisi pode ser a melhor opção para o PDT. E, se os petistas toparem coligação também na disputa para deputados estaduais e federais, as chances da legenda brizolista se dar bem é muito maior. Mas aí pode estar o maior entrave, o PT não é chegado em formar aliança também na disputa para a Assembléia e a Câmara. INCÓGNITA A avaliação das chances pedetistas não considera ainda, o lançamento de candidato próprio pelo PMDB, que seria a outra opção de coligação. No caso de o senador Roberto Requião conseguir convencer o partido a lançar candidato e mais, vencer a convenção, algumas arestas teriam de ser aparadas para eventual aliança do PDT com o PMDB. REQUIÃO BRIGÃO Resquícios da eleição de 2006, quando Requião disputou a reeleição ao Palácio Iguaçu contra o então senador Osmar Dias, do PDT, podem atrapalhar um entendimento. E o senador não tem sido nem um pouco simpático com o atual prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, que é pedetista. Ou seja, o peemedebista consegue a façanha de ter se indisposto com as duas maiores lideranças do PDT paranaense. NA REAL Para se coligar é provável que o PDT não insista em ter a vaga majoritária para a disputa ao Senado. Talvez indique o suplente, porque apesar dos três interessados, nenhum deles tem densidade eleitoral – salvo se ocorrer algum imprevisto – para vencer a disputa deste ano, já que será eleito apenas um senador. Em 2010 eram dois e ainda assim a briga foi feia. PELA REELEIÇÃO Quem tira o sono, em qualquer legenda, dos que pensam no Senado, é Álvaro Dias (PSDB), o mais conhecido dos pré-candidatos até agora. Ele precisa vencer para garantir sua reeleição. É isso ou volta para Maringá. Já tem apoio do governador Beto Richa, do seu partido. Desde o ano passado ambos se reaproximaram para garantir a reeleição de ambos. Este é o plano, pelo menos. O TRIO O lançamento por Lupi de três pré-candidatos do PDT ao Senado foi por conta da desistência de Osmar Dias em disputar a vaga. Mais uma eleição em que o pedetista cedeu para Álvaro, o mais velho dos dois irmãos. Além do ex-deputado Léo de Almeida Neves, um patrimônio do partido, e o vereador curitibano Jorge Bernardi, o deputado Andre Bueno foi “convencido” a oferecer seu nome. MAIS A FRENTE André é filho do prefeito reeleito Edgar Bueno de Cascavel, e a visibilidade da eleição para senador na propaganda gratuita, pode contribuir para uma previsível disputa pela sucessão do pai, em 2016. A estratégia não é nova, mas em geral funciona. COM DILMA Quanto à reeleição da presidente Dilma Rousseff, Carlos Lupi reafirmou o apoio do PDT e disse não acreditar na hipótese de que o PT poderá substituí-la na disputa presidencial. O dirigente pedetista se referia as especulações por conta do movimento Volta Lula, iniciado por um grupo de petista e que estaria tendo adesão (ou ameaça de) entre um ou outro partido aliado do governo. Para Lupi, é “golpismo” contra a atual presidente. NO PARANÁ Sobre a política estadual, contando com a presença do presidente em exercício Haroldo Ferreira e as participações de Osmar Dias e do prefeito Gustavo Fruet nos entendimentos, Lupi sinalizou apoio também à candidatura da senadora Gleisi Hoffmann, mas reconheceu que existem questões regionais ainda a serem ajustadas assim como as definições das políticas públicas que serão defendidas (pelo candidato apoiado) na eleição. PARA CONSTAR Osmar Dias deu o ar da graça nessa reunião com Lupi e Gustavo Fruet também esteve presente. Nenhum nem outro têm raízes no partido do falecido Leonel Brizola. Filiaram-se em função de circunstâncias pontuais. No Paraná, pedetista autêntico se encontra praticamente só na região Oeste. O líder do PDT na Assembléia, Fernando Scanavaca e o colega deputado Nelson Luersen, advogaram a importância para a legenda participar das eleições com candidatos majoritários. VELHOS DE GUERRA Scanavaca defendeu ainda que o PDT defina sua participação no processo eleitoral, inclusive acerca da definição do candidato pedetista ao Senado, entre os postulantes, através de pesquisa qualitativa. Para a disputa proporcional, três nomes conhecidos estiveram na reunião: os pré-candidatos Barbosa Neto de Londrina (sim, está vivo e passa bem), Jose Baka Filho de Paranaguá e Marcio Pauliki de Ponta Grossa. FORÇA PARA RICHA Neste sábado, a recém surgida ‘Frente Ampla Paraná Social’, que tem a testa o enfant terrible Doático Santos, do PMDB (ex-pau para toda obra de Requião), começa a colher assinaturas ao ‘Manifesto de Protesto contra a Discriminação do Governo Dilma Rousseff contra o Paraná’. Ufa. Aliados do governador Richa estarão na Boca Maldita de caneta na mão. Será levado também ao interior do Estado. Em tempo: Doático nunca venceu eleição que disputou. O RELATO Trechos do manifesto: “Mesmo após 4 decisões liminares do Supremo Tribunal Federal mandando a Secretaria do Tesouro Nacional liberar os empréstimos ao Paraná, nosso estado continua sem acesso ao dinheiro destinado a obras cruciais para a nossa população. A situação está tão grave que o governo do estado já está pedindo a prisão do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, por desobediência ao Supremo (…)”. NOME AOS BOIS “Toda essa perseguição contra o Paraná tem a marca da má-fé de maus paranaenses lotados em Brasília, eleitos pelo Paraná e pagos com o dinheiro dos nossos impostos. São os senadores Gleisi Hoffmann e Roberto Requião, aliados ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo e o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Suas digitais estão em cada obstáculo criado ao Paraná neste trabalho para obtenção de recursos através dos empréstimos que nos cabem de direito (…)”. E por aí vai.

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