O cenário nacional definitivamente não ajuda. Em 2015, o Brasil tornou-se o
país que mais gerou desempregados em todo o mundo. Como resultado da
política petista, o país viveu uma reversão no mercado de trabalho pior do
que a enfrentada por nações que sofrem com guerras civis ou foram alvo de
embargos econômicos. A economia brasileira é hoje a terceira com mais
desempregados, atrás apenas das superpopulosas China e Índia.
Ainda assim, o Paraná tem conseguido enfrentar os efeitos da crise
nacional, graças as medidas adotadas pelo governador Beto Richa ao longo de
2014 e 2015. “Com decisões duras, mas corretas e necessárias, o governador
Beto Richa soube se antecipar ao pior da crise provocada pelo PT. O Paraná
está em outra situação”, diz o presidente do PSDB-PR e da Assembleia
Legislativa, deputado Ademar Traiano.
Os números falam por si. O Brasil fechou 2015 com a taxa de desemprego na
casa de 8,5%, ante 5,8% no Paraná. Das 21 regiões metropolitanas
pesquisadas pelo IBGE, a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) registrou a
menor taxa de desemprego do País no último trimestre do ano passado, com
5,2%.
O rendimento médio do paranaense também é superior a média nacional, de
acordo com o IBGE. Dados do último trimestre de 2015 indicam que o
rendimento médio no Paraná estava em R$ 2.064, 8% acima da média brasileira
(R$ 1.913).
Agora, em 2016, a Assembleia Legislativa aprovou o projeto enviado pelo
governo que reajusta o salário mínimo estadual. O piso irá variar entre R$
1.148,40 a R$ 1.326,60. O maior piso é para o grupo de técnicos do nível
médio (R$ 1.326,60), seguido pelos trabalhadores da produção de bens e
serviços industriais, com piso de R$ 1.234,20, pelos trabalhadores de
serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados e trabalhadores de
reparação e manutenção, que devem ter remuneração mínima de R$ 1.190,20 e o
piso de R$ 1.148,40 aos trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca.
No setor público, o Paraná é uma exceção. Enquanto a maioria dos estados
ainda enfrenta dificuldades paga pagar o 13º salário de 2015, o Paraná
concedeu um reajuste de 10,8% em uma única vez. “Enquanto outros estados
estão quebrados, com servidores e aposentados recebendo o salário atrasado
e com reajuste zero, aqui o salário foi reajustado e está em dia”, lembra
Traiano.
O esforço do governo paranaense não tem sido fácil, já que é a União a
responsável pela condução da política econômica do país. E a incompetência
petista foi grande. Análise do Instituto Teotônio Vilela mostra que, em 12
meses, o total de desempregados no país passou de 6,5 milhões para os 9,1
milhões registrados em dezembro último, de acordo com a Pnad Contínua, do
IBGE. E, nesta semana, o IBGE mostrou que já são 11 milhões de
desempregados.
Nenhuma outra nação do mundo sofreu reversão tão abrupta no mercado de
trabalho em tão pouco tempo. O Brasil aparece no ranking à frente de países
cuja situação política, econômica e social é muito mais conturbada que a
nossa. O segundo lugar da lista é ocupado pela Nigéria, que sofre com o
terrorismo do grupo radical Boko Haram.
Lá 2,4 milhões de pessoas perderam o emprego em 2015, ou seja, quase 10%
menos que no Brasil. Em seguida, estão a Rússia (276 mil novos
desempregados), país que amarga sanções internacionais e queda nas cotações
de suas principais matérias-primas, e o Irã (261 mil), que só agora está
conseguindo se livrar de um embargo econômico internacional.
“A situação nacional é de descalabro. Mas o que depende de nós foi feito,
com zelo e competência”, afirma Traiano.