PF cumpre mandado para prender Vaccari

JOAO-VACCARI-NETO

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta­-feira, 5, a nona fase da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção envolvendo a Petrobrás. Estão sendo cumpridos 62 mandados judiciais: um de prisão preventiva, três de temporária, 40 de busca e apreensão e 18 de condução coercitiva (quando a pessoa é liberada após prestar depoimento). Um dos mandatos de condução é contra o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. As informações são do Estadão.

Os mandados são cumpridos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. Os nomes dos alvos não forma divulgados. Em comunicado à imprensa, a Polícia Federal afirma que a nova etapa é resultado da análise de documentos e contratos já apreendidos pela PF, além de informações repassadas por um dos investigados e de denúncias de uma ex-­funcionária de uma das empresas alvo da Lava jato.

Os três mandados de prisão temporária são cumpridos em Itajái (SC) e Balneário Camboriú (SC). O mandato de prisão preventiva será cumprido no Rio de Janeiro. De acordo com a PF, os envolvidos podem responder por crimes de fraude a licitação, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A oitava etapa, realizada em 14 de janeiro, marcou a prisão preventiva do ex­-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, que continua preso na sede da Polícia Federal em Curitiba. Na fase anterior, deflagrada em novembro do ano passado, o foco das investigações foram . Na ocasião, quatro presidentes de grandes empreiteiras, 15 executivos e um ex-­diretor da Petrobrás ligado ao PT tiveram prisões decretadas.

A força­-tarefa da Lava Jato suspeita que as empresas organizaram um cartel que, por meio de fraudes e pagamento de propinas, firmou seguidos contratos com a Petrobrás. O esquema envolve, segundo as apurações, ex­dirigentes da estatal e políticos de ao menos sete partidos. Atualmente, onze executivos e funcionários continuam presos preventivamente. Ao menos 24 empresas são investigadas e 25 pessoas já foram denunciadas, ligadas a Camargo Corrêa, Galvão Engenharia, Engevix, Mendes Júnior, UTC e OAS.

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