A Polícia Federal encaminhou ao STF nesta quarta-feira (24), novos pedidos
de prorrogação de prazo das investigações de políticos na Operação Lava
Jato. Até o momento, os investigadores encaminharam solicitação de mais
tempo para apurar cinco dos 25 inquéritos que tramitam perante o
Tribunal. Entre os casos nos quais já houve pedido de prorrogação estão o
inquérito que investiga o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e
também o caso da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). As informações são do
Estadão.
O prazo para encerramento do período de investigações – que teve início nos
primeiros dias de março – já foi prorrogado uma vez e deve se encerrar na
próxima segunda-feira (29), a menos que o relator da Lava Jato no STF,
ministro Teori Zavascki, atenda a solicitação dos investigadores.
Além dos casos de Gleisi e de Cunha, a PF também solicitou a extensão do
prazo no inquérito que investiga o ex-deputado Cândido Vaccarezza (PT) e o
deputado Vander Loubet (PT-MT) e também no inquérito que tem como
investigado o deputado Simão Sessim (PP-RJ).
No final da semana passada, já havia sido solicitado prazo de mais 60 dias
para apurar suposta formação de quadrilha por 37 políticos e dois
operadores investigados em um mesmo inquérito. O presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), está entre os investigados na apuração sobre
quadrilha.
Antes da decisão de Zavascki, a Procuradoria-Geral da República deve se
manifestar sobre a concessão de prazo maior para as investigações, que
devem correr normalmente no mês de julho a despeito do período de recesso
do Judiciário.