A prisão do empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal Diário do Grande
ABC, e a condução coercitiva do jornalista Breno Altman, um dos editores do
portal Brasil 247, mostra que a Operação Lava Jato está próxima de relevar
em detalhes o esquema que tem financiado jornalistas e blogs petistas, além
de ativistas digitais que defendem o governo Dilma nas redes sociais.
Segundo a Polícia Federal, Breno Altman é envolvido em pagamentos a Ronan
Maria Pinto e Enivaldo Quadrado. O jornalista é ligado ao ex-ministro José
Dirceu (preso na Lava Jato e condenado pelo Mensalão) e também um dos
grandes influenciadores do PT nas redes sociais, onde é colaborador dos
sites Opera Mundi, Brasil 247. No Paraná, um dos parceiros de Altman e do
247 é o blogueiro Esmael Morais. Outros dois blogueiros, Tarso Violin e
Valdir Cruz, também são alinhados e usados para atacar adversários do
petismo no estado.
O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da PGR em Curitiba, já havia
confirmado na 17ª fase da Lava Jato que haviam investigações sobre jornais
e blogs que receberiam dinheiro desviado da Petrobrás para defender o
governo federal.
Outro blogueiro investigado pela Lava Jato é Leonardo Attuch, editor-chefe
do Brasil 247. Segundo as investigações, a ex-contadora de José Dirceu, ele
atuava como o “homem da mala”, recebendo R$ 15 mil mensais, em espécie,
para o pagamento de multa fixada pelo STF para o doleiro Enivaldo Quadrado,
um dos condenados por integrar a quadrilha do mensalão.
Na foto José Dirceu preso na Policia federal e acompanhando o petista Bruno Altmann