O blog do Johnny publicou nessa segunda feira (24) que o plenário da Câmara Municipal de Ponta Grossa tornou-se um importante e credenciado espaço para que os representantes eleitos pelo povo de Ponta Grossa prestem contas. Os deputados estaduais Fábio Oliveira (Podemos) e Mabel Canto (PSDB) lá já estiveram. O deputado Aliel Machado já se comprometeu a fazer sua prestação de contas.
Até agora, mesmo, com o convite feito pelo presidente Julio Küller (MDB), silêncio obsequioso dos deputados Sandro Alex e Marcelo Rangel, federal e estadual, integrantes do primeiro escalão do Governo estadual – Sandro secretário de Infraestrutura e Logística e, Marcelo, ex-secretário de Inovação, Modernização e transformação Digital.
Em 2025, entramos na reta final dos oito anos Ratinho Junior onde os irmãos Sandro Alex e Marcelo Rangel demonstraram grande desenvoltura.
Três assuntos dominam as narrativas oficiais atualmente:
1 – O sucesso dos números alcançados pelo Paraná nesses 6 anos;
2 – O projeto presidencial do governador, a cada dia mais viável;
3 – Quem será o candidato “ungido” por Ratinho Junior para sucedê-lo, na hipótese mais provável da aliança Sérgio Moro/Ratinho Jr. não vingar?
Nesse cenário, contrastando com outras regiões do Paraná, Ponta Grossa foi largada à própria sorte após a eleição de 2020.
Na eleição que aconteceu na pandemia, quando todos eram BFFs (a sigla em inglês que traduzida diz Melhores Amigos para Sempre), o governador caiu na primeira armadilha dos irmãos Rangel: quando na reta final do segundo turno contra Mabel Canto, prometeu 100% de asfalto para Ponta Grossa.
Passados quatro anos, na reeleição da prefeita Elizabeth Schmidt (União), onde até o BFF da família Schmidt virou candidato a vice de Rangel, viu-se que quase nada foi feito pelos “manos” pelo projeto 100%.
A surpresa entre a eleição e o ano de 2025 é a quantidade de retrocessos que a cidade observa fruto do castigo imposto pelos irmãos/deputados/secretários ao povo de Ponta Grossa pelos sucessivos fiascos nas urnas.
E constrangem o governador Ratinho Jr. que tergiversa quando o assunto é a Princesa dos Campos.
Vamos aos fatos que resumem as crises:
1 – A Sanepar não consegue explicar porque em Ponta Grossa – o principal polo agroindustrial do interior do PR – não tem mais água nas torneiras.
2 – A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP) é cobrada publicamente por Marcelo Rangel em Audiência Pública. Mas Rangel não apontou sequer 1 centavo para a segurança pública da cidade como deputado estadual e nem explicou por que a Delegacia Cidadã não saiu. Estava no plano de obras da Secretaria de Segurança de 2024.
3 – Mesmo sabendo de um estudo aprofundado sobre as condições do Aeroporto Santana entregue em 2014, quando Rangel era prefeito e acumulava a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, os irmãos tentaram usar a ACIPG como ‘escudo’ e jogar no colo da Prefeitura a desistência da Azul em operar voos na rota PG/Campinas. Onze anos de atraso nessa questão do Aeroporto, sem explicação alguma para as entidades de classe de Ponta Grossa.
4 – A saúde colapsou no pós-pandemia. O pronto Socorro Municipal foi transferido ao Governo do Estado, mas nada aconteceu até agora, ao contrário das céleres liberações de obras e recursos por parte da Secretaria da Saúde (SESA) para todo Estado.
O Ministério Público teve que ajuizar ação contra o Estado e a Prefeitura para a solução de consultas, exames e cirurgias especializadas fossem tratadas como prioridade. A única edificação feita em seis anos é o Ambulatório Médico de Especialidades (AME), que só saiu porque é a menina dos olhos do secretário Beto Preto. Mesmo assim, saiu dentro dos muros da UEPG, para não houvesse qualquer tentativa de boicote.
5 – E os 100% de Asfalto. Dos quase R$ 700 milhões que a prefeita Elizabeth Schimidt conseguiu projetar, licitar e entregar nos primeiros quatro anos, pouco mais de R$ 65 milhões são recursos do Governo do Estado.
O que os moradores do Borato não entendem é por que o seu bairro (maior que 200 cidades do Paraná) ainda não recebeu as obras dos 20 milhões anunciados pelo governador Ratinho Jr., no dia 15 de setembro de 2023. Sendo que tudo está 100% em ordem no processo burocrático.
Rangel foi punido pela sabedoria popular em 2024.
Ano que vem tem eleição para Presidente, governador, dois senadores, deputados federais e estaduais.
O que a história vai reservar para os irmãos Sandro Alex/Marcelo Rangel está escrito.
Resta saber qual desculpa eles vão dar aos eleitores cada vez mais ligados no jogo do “quanto pior, melhor”.
BLOG DO JOHNNY/PONTA GROSSA