POR QUE NO TE CALLAS ESPÍNDOLA?“QUEM ESTÁ CORRENDO ATRÁS DOS HOMENS SÃO AS MULHERES. A MULHERADA ESTÁ LOUCA ATRÁS DE HOMEM! ”

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Nada está tão ruim que não possa piorar para o desembargador Luiz Cesar de Paula Espíndola, que mais uma vez mancha a carreira de juiz ao falar o que não se deve em uma audiência no Tribunal de Justiça do Paraná. O Tribunal de Justiça do estado foi destaque negativo no Brasil inteiro na última semana depois desse comentário infeliz e machista do juiz paranaense.                                                                                                     Em 2018, Espindola já havia sido condenado pelo Superior Tribunal de Justiça por agredir a mãe e a irmã e deveria cumprir 7 meses de prisão, mas o caso prescreveu e a pena não foi aplicada. Desta vez ele se superou ao aproveitar o julgamento do caso de uma menina de 12 anos que se sentiu assediada pelo professor para tecer críticas ao feminismo e dizer que, ao contrário do alegado pela vítima, são as mulheres que “estão loucas atrás dos homens”. As declarações ocorreram quando a 12ª Câmara Cível da Corte discutia a possibilidade de conceder medida protetiva à adolescente. Os demais magistrados seguiram o voto do relator, que se manifestou por atender os pedidos da defesa e do Ministério Público. Espíndola divergiu do entendimento da 12ª Câmara, considerando absurdo “estragar a vida desse professor” e dizendo que o caso se tratava de “ego de adolescente” que precisava de atenção. O docente, segundo o magistrado, teria sido “infeliz, mas aprendeu a lição”. Uma desembargadora que estava no julgamento o confrontou, ressaltando a importância de se levar em consideração a palavra da vítima. Mas ele reagiu, chamando a declaração da colega de “discurso feminista desatualizado”. Mais adiante, afirmou que são “as mulheres que estão assediando”, inclusive professores de universidades. “Quem está correndo atrás dos homens são as mulheres. Não tem no mercado, né? A mulherada está louca para levar um elogio, uma piscada, uma cantada respeitosa. Vai no parque, só tem mulher com cachorrinho, louca para encontrar um companheiro. A paquera é uma conduta que sempre existiu, sadia”, continuou Espíndola. Após a fala, o desembargador pediu desculpas pela “conversa mundana e sem relação com o processo” em julgamento.

ESPÍNDOLA FOI CONDENADO POR LESÃO CORPORAL CONTRA A IRMÃ, MÃE e UMA VIZINHA

Luís Espíndola já foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça à prisão por quatro meses e 20 dias, em regime aberto, por lesão corporal em contexto de violência doméstica contra a irmã e a mãe. A maioria da Corte, porém, substituiu a pena por prestação de serviços à comunidade e determinou o retorno ao cargo. Ao longo do processo, o desembargador argumentou que a situação em que agrediu as duas mulheres fora provocada pela irmã. O crime aconteceu em 2013, na época em que ele ganhou o cargo no TJ, como promoção por antiguidade. A ação se arrastou por quase uma década em virtude das sucessivas manobras para postergar o julgamento. O magistrado também já foi absolvido da denúncia por lesão corporal contra uma dona de casa, sua vizinha, após a vítima e as testemunhas não comparecerem à depoimento, segundo os detalhes da Gazeta do Paraná.

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