O ministro Edson Fachin que assumiu na terça-feira, 16, uma cadeira do STF
em uma cerimônia simples e sem discursos ao lado de peemedebistas
investigados pela Operação Lava Jato, como o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL). Além de Cunha e Renan,
participaram da cerimônia outros investigados no STF, como os senadores
Valdir Raupp (PMDB-RO), Fernando Bezerra (PSB-PE) e Gleisi Hoffmann
(PT-PR). As informações são do Estadão.
Fachin passou mais de duas horas recebendo cumprimentos dos convidados
presentes à solenidade. O responsável pelas investigações do esquema de
corrupção na Petrobrás, procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
também esteve presente. Ao final da cerimônia, Fachin disse que todos os
julgamentos desafiam os julgadores, e que é preciso valorizar a
jurisprudência brasileira e a segurança jurídica.
“É essa direção que o julgamento ainda que complexo tem que ser
previsível”, disse. Também declarou que as questões mais complexas, neste
momento, são aquelas que realçam a missão do Supremo como Corte
constitucional, ressaltando que é fundamental valorizar juízes de primeiro
grau, tribunais estaduais e dar à jurisprudência brasileira segurança
jurídica e estabilidade.”
A cadeira que será ocupada por Fachin permaneceu vaga por mais de dez
meses, desde que o ex-ministro Joaquim Barbosa se aposentou, no fim de
julho do ano passado. O ministro disse que começou ontem a tomar
conhecimento dos cerca de 1.500 processos que vai assumir. Ele recebe o
acervo deixado pelo presidente da Corte, Ricardo Lewandowski.