Até a Gazeta do Povo, de linha editorial contrária ao governo Beto Richa e alinhada a APP-Sindicato e ao PT, reconhece que os problema da previdência estadual vem de tempos. Criada em 1998 por Jaime Lerner, a Paraná Previdência teria sua autossuficiência em 35 anos, ou seja, em 2033. “Ao longo dos anos, porém, os governos deixaram de cumprir parte de suas obrigações e a cobrança de inativos também ficou cancelada por parte do tempo”.
“Roberto Requião (PMDB) isentou os inativos dessa contribuição em 2003, que foi retomada parcialmente em 2015 (só pagam a contribuição os que recebem acima de R$ 4,7 mil mensais). Há três anos, o rombo (diferença entre o que se tem e o que seria necessário para pagar os benefícios futuros) foi calculado em R$ 7,3 bilhões”.
Em 2012, Beto Richa (PSDB) estabeleceu um novo plano de custeio para contornar o problema. Sem cobrar dos inativos, a lei de 2012 aumentava o porcentual de contribuição cobrado dos funcionários ativos de 10% para 11% do salário. O Executivo depositaria, como contrapartida, o mesmo valor pago pelos funcionários.
O novo formato apresentado pelo governo e aprovado pelos deputados repassa para o fundo previdenciário apenas os pagamentos de 33,5 mil servidores com mais de 73 anos, completados até o último dia 30 de junho, que eram pagos pelo Tesouro estadual. A alteração permitirá uma economia de R$ 125 milhões por mês. Nesse plano, a solvência do sistema é garantida por 29 anos.