Nos últimos ciclos eleitorais, o cenário político de Foz do Iguaçu tem sido repetidamente marcado pela presença controversa de Paulo Mac Donald Ghisi, ex-prefeito que, mesmo sem reunir condições legais para concorrer a cargos públicos, insiste em lançar candidaturas.
A mais recente tentativa de candidatura de Mac Donald, para o pleito municipal de 2024, reflete não apenas uma ideia fixa pessoal, mas também uma afronta ao processo democrático local, causando confusão entre o eleitorado e prejuízos à integridade das eleições.
A Democracia Cristã (DC), através de sua liderança local, entrou com um pedido na Justiça Eleitoral para a impugnação da candidatura de Paulo Mac Donald. O partido baseia seu pedido em um histórico extenso de processos judiciais contra o ex-prefeito, que incluem várias condenações por improbidade administrativa. Além disso, o município de Foz do Iguaçu ainda busca na Justiça a reparação de uma dívida que ultrapassa R$ 1,8 milhão, relacionada a sua gestão anterior.
A insistência de Mac Donald em disputar eleições, devido a condenações transitadas em julgado, revela um comportamento que coloca em risco a credibilidade do processo eleitoral. Ao desconsiderar suas inelegibilidades e continuar a se apresentar como candidato, ele confunde os eleitores e mina a confiança nas instituições democráticas, criando um cenário onde a legalidade é constantemente desafiada.
Esse padrão de ações de Mac Donald, que se repete em pelo menos três eleições anteriores, parece ser uma tentativa deliberada de tumultuar o processo eleitoral. Mesmo que suas candidaturas acabem sendo impugnadas, o estrago já estará feito: os eleitores serão levados a acreditar na viabilidade de uma campanha que, de fato, não pode ser concretizada legalmente.
O impacto disso na democracia local é profundo. Quando figuras públicas com um histórico comprovado de ilegalidades insistem em se manter no cenário político, o eleitorado é confrontado com uma falsa escolha. Em vez de promover um debate saudável sobre as direções que a cidade deve tomar, o foco passa a ser desviado para disputas judiciais e manobras processuais. Isso enfraquece a confiança do público nas eleições e na capacidade do sistema de proteger os interesses da população.
A ação movida pela Democracia Cristã é uma tentativa de proteger a integridade do processo eleitoral em Foz do Iguaçu. Ao pedir a cassação da candidatura de Mac Donald, o partido busca assegurar que as eleições municipais sejam disputadas por candidatos que cumpram plenamente os requisitos legais. É, em essência, uma defesa da democracia e da justiça, elementos que são minados quando indivíduos condenados por crimes contra o erário tentam se manter no poder a qualquer custo.
Diante dessa situação, surge a pergunta inevitável: até quando Paulo Mac Donald continuará a desafiar a justiça e a democracia em Foz do Iguaçu? Sua persistência em lançar candidaturas inelegíveis não apenas desgasta o processo eleitoral, mas também representa uma ameaça real ao bom funcionamento da democracia. Para que o eleitorado possa escolher de forma consciente e livre, é essencial que o processo eleitoral seja limpo, transparente e conduzido dentro dos parâmetros da lei. E isso só será possível quando figuras como Mac Donald cessarem de explorar brechas jurídicas para seus próprios fins.
A Justiça Eleitoral tem um papel crucial nesse contexto, garantindo que as regras sejam aplicadas de maneira justa e firme, de modo a impedir que candidaturas inviáveis legalmente continuem a poluir o cenário político. É hora de Foz do Iguaçu seguir em frente, com líderes que respeitem não apenas o mandato popular, mas também os princípios que sustentam a democracia.