O relator do projeto de lei que estabelece as diretrizes para o Orçamento do ano que vem, senador Dalírio Beber (PSDB-SC), propôs congelar salários de servidores públicos federais em 2019. A economia seria de R$ 6 bilhões com o adiamento dos reajustes de servidores civis. Caso inclua os militares, subiria a R$ 11 bilhões. A medida tem apoio da equipe econômica. As informações são de Idiana Tomazelli no Estadão.
Os gastos com pessoal representam hoje a segunda maior despesa primária do Orçamento, atrás do pagamento de aposentadorias e pensões. A folha de salários da União deve custar R$ 302,5 bilhões em 2018. Um reajuste, ainda que no mesmo patamar da inflação, elevaria as despesas em R$ 10,6 bilhões, diz o parecer do relator.
A ideia é vetar a aprovação de “todo e qualquer” aumento salarial durante o ano que vem, mesmo que a proposta seja de reajuste escalonado. A trava evita a repetição do episódio que marcou o início do governo do presidente Michel Temer, que ignorou os alertas e manteve os acordos negociados por sua antecessora, Dilma Rousseff.