A esquerda do PT e até o PMDB do senador Roberto Requião (PMDB) não
gostaram do furo da senadora Gleisi Hoffmann (PT) ao ato pró-Dilma em
Curitiba. Requião não veio, mas fez o esquenta pela rede de blogueiros
direto de Brasília. Mesmo estando no Paraná, Gleisi não foi ao ato e nem
atendeu as ligações para participar da TV 15 de Requião. “Mirian, Tadeu,
todos estão aqui, menos a Gleisi e o Paulo Bernardo”, reclamou um petista.
Em Londrina, Gleisi se limitou a dizer que não há clima, apesar das
manifestações de domingo (16), para o impeachment da presidente Dilma
Rousseff. “Pedidos de impeachment nós já vimos em outros momentos, com o
‘Fora FHC’. É da política, no momento em que você está mais fragilizado
acontece isso. Mas isso não quer dizer que vai haver a retirada da
presidente da República, tem que ter caso concreto. Os princípios
constitucionais não podem ser lesados”, disse Gleisi na Folha de Londrina.
Gonçalves? Não oconheço’, diz Gleisi*
Ontem (quinta-feira, 20) em Londrina, a senadora Gleisi Hoffmann (PT) disse
desconhecer as relações comerciais do advogado Guilherme Gonçalves que
trabalhou em três campanhas da petista e fez doações à ela. “As coisas têm
que ser esclarecidas. Para mim é uma coisa muito ruim, desconheço quais são
as relações dele e o fato de ter sido meu advogado começa a pesar, as
pessoas começam a fazer ilações”, disse Gleisi na Folha de Londrina.
A Operação Lava Jato fez busca e apressão no escritório do advogado e
investiga os R$ 7,2 milhões recebidos por Gonçalves que seriam propinas de
contratos do Ministério do Planejamento, na época em que a pasta era
comandada por Paulo Bernardo, marido de Gleisi.