To be or not to be, that is the question. Ser ou não ser, esta é a questão. Pode ser apenas uma estratégia mas no fundo tal situação é vista politicamente como uma grande sacanagem. Eleito governador, Ratinho Júnior em nenhum momento deixou transparecer que vai apoiar Ney Leprevost como seu candidato a Prefeito de Curitiba. Esta disposição demonstrada quando ainda era candidato a governador foi mudando e a esta altura estão alimentadas muitas dúvidas que o próprio governador não faz questão de desmentir.
Se há alguém que não merece ser traído pelo comportamento político do atual governador é Ney Leprevost. Há muito tempo os dois vinham formando uma dupla inseparável até que outros interesses políticos se misturaram. Por conveniência e educação política Ney Leprevost insiste em não tocar no assunto mas já sentiu, porque ninguém é bobo, que tem gente interessada em lhe puxar o tapete do apoiamento do governador a sua candidatura a prefeito em 2020. Tudo deixa transparecer que alimentando até agora este distanciamento está a figura do Chefe da Casa Civil, Guto Silva, ou quem sabe do articulador político do governador, Eduardo Sciarra. Há razão para que esta questão seja levantada desde já? Claro, pois o governador deu mostras claras dia desses ao não esconder sua condição de neutralidade quanto a sucessão municipal em 2020.
Um almoço do PSD, partido no qual Ney Leprevost sempre se empenhou para transformar em realidade no Paraná, esqueceram do Ney Leprevost. Ausente das fotos e discursos, a não ser do vice-governador Darci Piana que citou o seu nome, Ney Leprevost deixou a impressão de um estranho no ninho, embora todos saibam que o PSD deve muito a sua atuação política.
Nesta foto em que estavam o governador e o vice, mais o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e até o secretário Sandro Alex, o Siarra e o Guto Silva, faltou o Ney Leprevost e as especulações prosperaram. Nem Ratinho e tampouco o Kassab, se lembraram do nome do companheiro de tantas jornadas. Foi natural o desconforto dos aliados de Ney Leprevost presentes no citado ágape.
Entre coxinhas e asinhas de frango mais a deliciosa polenta frita e o risoto de Santa Felicidade, os comentários prosperaram. Ainda mais quando o governador naquele estilo de “professor de Deus”, falou da sucessão municipal em 2020 e sequer lembrou que Ney Leprevost é o seu candidato, conforme deixou claro na última campanha. Uns e outros que pagaram de quinhentos a um pouco mais por adesão, compensando os cargos comissionados, quase engasgaram com o discurso do mal agradecido.
Fazendo sua média política com outros nomes que são anunciados como candidatos a prefeito de Curitiba, como Ney Leprevost, o governador quis passar uma imagem de neutralidade política que pegou muito mal. Ao não citar pelo menos o nome do seu secretário que é candidato em 2020, deixou claro que não quer comprometer-se, posição que segundo o experiente e saudoso Anibal Khury, é indicação de futura traição.
Foi apenas esquecimento natural ou conveniente?