O clima do PMDB do Paraná está fervendo: os deputados Ademir Bier, Anibelli Neto e Nereu Moura foram nesta semana à Brasília cobrar do senador Romero Juca, presidente nacional da sigla, sobre os recursos enviados do fundo partidário ao diretório paranaense. Para os deputados, o dinheiro só tem servido aos interesses do presidente do partido no Estado: o senador Roberto Requião.
O fundo chega a R$ 480 mil em parcelas mensais e foi utilizado, quase que integralmente, na campanha do filho do senador, o deputado Requião Filho, na campanha a prefeito de Curitiba. O deputado que chegou a ocupar a segunda colocação nas pesquisas chegou ao final do primeiro turno em quinto lugar na preferência do eleitorado curitibano.
Outro sentimento dos deputados se dá com relação a desidratação do partido que perdeu musculatura na Assembleia Legislativa – a segunda secretaria e em breve, a comissão de orçamento – e com o desempenho nas eleições municipais.
Os deputados cobraram ainda de Juca a posição da direção nacional sobre o futuro do partido no Paraná. Requião é o principal porta-voz do petismo e no Parlasul denuncia o “golpe parlamentar” que culminou com a posse de Michel Temer na presidência da República.
Ainda sobre as críticas ao senador, os deputados entendem que estão travados para contribuir com seus municípios, sem recursos de emendas e com as portas fechadas do Estado, aliado ao peso da legenda ter perdido quatro fortes nomes no parlamento: os deputados Alexandre Curi, Luiz Claudio Romanelli, Artagão Junior e Jonas Guimarães.
Também apontam que logo após o fim do segundo turno, o deputado Requião Filho solicitou um relação oficial de todos os diretórios municipais e tratou de atravessar propostas de emendas nas bases dos outros deputados do partido, inciativa que declarou guerra dentro da legenda.(na foto Requião filho e Nereu)