Após reunião ministerial com o presidente interino Michel Temer, o novo
titular do Planejamento, Romero Jucá, afirmou nesta sexta-feira, 13, que o
governo pretende cortar 4.000 cargos de confiança e funções gratificadas
até o dia 31 de dezembro deste ano. Ele concedeu entrevista ao lado dos
ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil e Ricardo Barros, da Saúde.As
informações são de Eduardo Gonçalves na Veja.
“Em 31 de dezembro teremos diminuído 4.000 postos desse tipo de contratação
(comissionados, funções gratificadas, entre outros). Isso representa o
dobro do que o governo anterior havia anunciado e não foi cumprido”,
afirmou Jucá. No entanto, ele errou no cálculo – em outubro do ano passado,
a então presidente Dilma Rousseff anunciou que extinguiria 3.000 cargos
comissionados do seu governo, o que, de fato, não foi concretizado nos
meses seguintes.
“Nós vamos rever a estrutura organizacional dos ministérios. Alguns já
foram, em tese, encerrados ou recepcionados por outros ministérios. Isso
implica num ajuste de estrutura organizacional”, afirmou Jucá, um dos
aliados mais próximos de Temer.
O ministro também afirmou que os cortes poderão ultrapassar os 4.000 postos
e contemplarão também empresas e bancos públicos, como a Petrobras, Banco
do Brasil e BNDES. Segundo ele, bancos e empresas também estão sujeitos ao
que chamou de “novo ordenamento de comando”: simples e direto. “O poder
público deve servir à sociedade, gastar menos com meio e mais com a
atividade-fim”, diz.
*Reformas -* Ao comentar as reformas que devem ser empreendidas, Jucá citou
especificamente a da Previdência e reforçou que o governo interino irá
avançar sem recuar, garantindo a segurança jurídica.
“Não queremos ver o Brasil passar o que passaram há alguns anos a Grécia e
a Itália, que reduziram pagamentos a aposentados”, disse o ministro,
acrescentando que a decisão de transferir a Previdência para o Ministério
da Fazenda faz parte de uma ação técnica para construir “algo sustentável”.
“Queremos um conjunto de ações para queda da inflação, queda da taxa de
juros e retomada do crescimento”, acrescentou o novo ministro do
Planejamento.
O anúncio ocorreu após a primeira reunião ministerial do governo do
interino Temer, que assumiu a Presidência da República nesta quinta-feira
após Dilma Rousseff ser afastada do cargo para responder à denúncia de
crime de responsabilidade no Senado.
(foto: Agência Câmara)
*link matéria*
http://veja.abril.com.br/noticia/economia/ministro-do-planejamento-fala-em-corte-de-4000-cargos-comissionados