REFORMA TRIBUTÁRIA DISCRIMINATÓRIA! A VINGANÇA DE LULA CONTRA OS ESTADOS DO SUL COLOCA DUCCI NA ENCRUZILHADA

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Só não vê quem não quer!

Para os bons entendedores da economia é fácil de captar a verdadeira malandragem que estava em andamento em Brasília, para prejudicar os estados do Sul e arrumar benefícios diretos para os estados do Nordeste.

Alguns deputados do sul, sudeste e o senador Sergio Moro (UB) se pronunciaram nesta semana  sobre esta proposta em elaboração na Câmara dos Deputados que ampliava benefícios fiscais para montadoras de automóveis no Nordeste. A bancada federal dos estado do sul se mobilizaram e conseguiram amenizar a situação revertendo alguns índices antes da votação final do texto na quarta-feira (10).

Estranhamente o candidato apoiado pelo PT na capital, que é o deputado federal Luciano Ducci (PSB), não tomou partido até o momento e ficou calado sem querer prejudicar ainda mais o ritmo de campanha que já caminha ladeira abaixo, principalmente após a entrada de Roberto Requião pelo Mobiliza, que o prejudicou sensivelmente.

Ducci está sentindo que o andor de carregar Lula como cabo eleitoral em Curitiba não vai ser fácil e deve prejudicar ainda mais o candidato do PSB.

O TEXTO DA VINGANÇA E DISCRIMINAÇÃO

De acordo com o texto apresentado pelo grupo de trabalho responsável por regulamentar essa parte da reforma tributária, as empresas da região terão acesso a crédito presumido maior que o proposto pelo Ministério da Fazenda para o período de 2027 a 2032.

“Estão querendo prejudicar o Paraná e os demais estados do Sul e do Sudeste. Quando [a reforma tributária] foi proposta, disseram que era para acabar com a guerra fiscal. No entanto, na regulamentação lá na Câmara estão ampliando benefícios fiscais para montadoras de automóveis do Nordeste. Nada contra o Nordeste, mas uma reforma tributária que seja para todos não pode discriminar os demais estados e prejudicar as indústrias do Paraná”, criticou Moro em entrevista à Jovem Pan.

Os incentivos fiscais propostos beneficiariam principalmente a Stellantis, em Pernambuco, e a BYD, que assumiu a fábrica da Ford na Bahia. No caso da Stellantis, a renúncia fiscal que seria de 8,7% do faturamento até 2028 aumentou para 14,5%, podendo chegar a R$ 3,5 bilhões entre 2028 e 2032. “Vou votar contra essa ampliação de benefícios. Ou que se conceda o mesmo benefício aos outros estados”, adiantou Moro, sobre a reforma tributária.

ISENÇÃO PARA MONTADORAS DO NORDESTE ABRE GUERRA COM RIVAIS

Pela terceira vez, a reforma tributária é palco de uma disputa bilionária entre montadoras. As fábricas instaladas no Sul e Sudeste reclamaram que a Stellantis, grupo dono da Fiat, Jeep, Peugeot e outras marcas, que já estava recebendo R$ 3,5 bilhões em isenções por ter fábrica em Pernambuco. O governo concederia isenção fiscal para montadoras com plantas já no Nordeste. Ou seja, ele abriria mão de recolher impostos — no caso da Stellantis, R$ 5 bilhões por ano — em troca da abertura de uma fábrica na região, como forma de impulsionar a economia local e geração de empregos, segundo os dados publicados pela UOL.

 A lei se fosse aprovada estipularia a isenção nos seguintes termos:

1) Renúncia fiscal de 8,7% do faturamento até 2028;

2) Redução da isenção a partir de 2029;

3) A cada ano o percentual do benefício diminuiria 1/5;

4) completa extinção da isenção em 2032.

Ao perceberem a situação que beneficiaria a Stellantis, as montadoras do restante do país procuraram os deputados que elaboraram um novo  texto da reforma tributária conseguindo diminuir o percentual que deveria valer em 2028 e 2029  e, seria usado como base de cálculo das reduções anuais.

Uma mobilização que valeu de forma significativa, pois com todos os benefícios da forma que estavam poderiam tranquilamente forçar as empresas montadoras se deslocarem para o nordeste em função do alto valor compensatório que teriam a partir da aprovação da reforma naquele formato.

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