Direto da cela ///Mônica Bergamo*///
O ex-diretor da Petrobras Renato Duque demonstrava nesta semana que, se
chegar a um acordo com o Ministério Público para fazer delação premiada,
poderá envolver novos nomes nos depoimentos que prestará à Justiça. Os
recados chegaram a dirigentes do PT.
*Em série*
Duque tem dito a interlocutores que têm acesso a ele que poderá citar até
mesmo a ex-presidente da Petrobras Graça Foster em depoimentos que
eventualmente prestar aos procuradores. Ela é amiga pessoal da presidente
Dilma Rousseff.
*Ficha limpa*
O nome de Graça Foster não apareceu até agora em nenhuma das 18 delações
nem em documentos coletados pela polícia e pelos procuradores que se
tornaram públicos. Foi na gestão dela que os investigados por corrupção
foram demitidos ou perderam poder. Na época em que pediu demissão, a
ex-presidente foi enfaticamente defendida, entre outros, pela própria Dilma
Rousseff.
*De passagem*A intenção manifestada por Duque, por isso mesmo, é vista como
tentativa de retaliação à ex-presidente da Petrobras, que teria bloqueado o
esquema de corrupção na estatal. Ainda que ele não aponte nada de concreto
contra ela, a simples menção do nome da ex-dirigente cumpriria a função de
submetê-la a constrangimento.
*Soma*Duque também estaria disposto a falar de parlamentares do PT que já
foram citados em outras delações.