Requião faz novo papelão e vexame em Caracas

requiao

fonte: Ricardo Kotscho*
Com seu ar imponente de comandante em chefe do quarteto de senadores
brasileiros da base aliada, Roberto Requião protagonizou nesta quinta-feira (25)
um grande constrangimento em Caracas, ao final do encontro com Diosdado
Cabello, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela. Foi um novo vexame.

Para mostrar os resultados positivos da viagem, Requião informou aos
jornalistas que o governo venezuelano tinha decidido soltar presos
políticos, a começar por dois estudantes, quando foi interrompido por
Cabello, a seu lado, que o corrigiu na lata: “Não é bem assim, esta decisão
ainda está sendo estudada…”

Na semana passada, liderada por Aécio Neves, uma comitiva de oito senadores
oposicionistas também esteve em missão oficial na Venezuela, mas nem
conseguiu sair das imediações do aeroporto ao enfrentar protestos e
bloqueios organizados por governistas contra a visita.

Como se não tivessem sérios problemas a enfrentar aqui mesmo, senadores pró
e contra os governos de Dilma Rousseff e Nicolas Maduro resolveram
transportar para Caracas a guerra política que há meses assola nosso país.
O que nós ganhamos com isso? E o que as missões oficiais de Aécio e Requião
vão mudar na grave crise política e econômica vivida pela Venezuela? Quanto
custaram e quem vai pagar as despesas destas excursões que não levam a
nada, além de garantir um espaço na mídia?

O pior é que o senador paranaense Roberto Requião já anunciou, sem combinar
com ninguém, que o Brasil vai mandar outra missão, desta vez integrada por
parlamentares do governo e da oposição, como observadores do processo
eleitoral venezuelano. As eleições parlamentares naquele país foram
marcadas esta semana para o dia 6 de dezembro.

“Vamos unir esforços e vir à Venezuela com uma missão de apoio aos setores
de ambos os lados que querem um país de paz”, anunciou o senador Lindbergh
Farias (PT-RJ), fiel escudeiro de Requião nas visitas feitas a parentes de
políticos da oposição e a aliados do governo, antes do encontro com Cabello.

Em que mundo estranho vivem estes senadores? Por que não dedicam seus
esforços a construir “um país de paz” aqui mesmo?

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