REQUIÃO , O IMPERDOÁVEL

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fonte : Blog Zé Beto;
O senador Roberto Requião passou os últimos dias desempenhando um de seus papéis favoritos. O do homem sem medo, o político sem dó nem piedade, o agressor implacável. Uma espécie de Clint Eastwood das araucárias. Papel enfatizado em frases que dispara no Twitter como se fossem balas de uma imaginária Magnum 44: “Tirem as crianças da sala”, sobre supostas denúncias terríveis que pretende fazer no horário eleitoral. E complementava para rebater questionamentos contra essa baixaria: “Quem gosta de campanha de ‘alto nível’ é porque tem o rabo preso”.

De tanto mexer em vespeiro, acabou ferroado. Ontem circulou em Curitiba uma papelada que o senador teria esquecido em um cofre na Granja do Canguiri, no seu tempo de governador (2003-2010). Com anotações do próprio punho, elas revelam, no mínimo, curiosidades. Requião, que não perde ocasião de proclamar sua aversão ao capitalismo e aos Estados Unidos, realizaria todas as suas transações financeiras, inclusive com seus parentes, em dólares norte-americanos. Mal o material começou a circular, o senador esqueceu o matador implacável e passou a posar de vítima e de frágil. Papel que, sem dúvida, não combina com ele. Tão improvável quanto seria Clint Eastwood fazer o papel de uma vítima de bullying.

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