Requião se esconde atrás do rábula’, afirma Mezzadri

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O ex-deputado Acir Mezzadri (PMDB), coordenador do Fórum Nacional do
Transporte, fez sua tréplica ao comentário do advogado Luiz Fernando
Delazari que o chamou de “viúva de Requião” ao contestar a ação movida pelo
fórum que obriga, se sentenciada, o senador do PMDB a devolver R$ 40
milhões desviados em contratos de fiscalização dos pedágios do Paraná.
“Requião está se escondendo atrás do rábula (advogado) em vez de explicar
de forma convincente na Justiça porque autorizou esses contratos
fraudulentos de um instituto de fachada pai do amigo que foi seu chefe de
gabinete”, disse Mezzadri.

O coordenador do fórum também acha estranho, o senador correr da discussão
e da própria justiça para responder ações desta natureza. “Ele (Requião)
vive em contenda, xingando e agredindo as pessoas pelas redes sociais,
agora está pianinho, manda o advogado. que seu assessor jurídico no Senado,
nos agredir, pressionar. Por que Requião não convoca o fórum para um debate
público sobre os pedágios do Paraná e os contratos que ele prorrogou na
calada da noite? Isso ele não quer. Aos paranaenses dizia uma coisa e por
trás fazia outra”, disse o ex-deputado.

Segundo Mezzadri, a Justiça só conseguiu intimar Requião em novembro do ano
passado e o senador tentou transferir sua responsabilidade aos diretores
que na época, 2004, ocupavam o DER-PR, Tecpar e IBPQ. “Foi difícil
intimá-lo, mas agora ele é réu na ação e vai ter que devolver o dinheiro
desviado”. A ação corre na 4ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba e busca a
devolução dos recursos pagos ao IBQP (Instituto Brasileiro da Qualidade e
Produtividade), em contrato sem licitação em 2004, para fiscalizar as
estradas pedagiadas.

Segundo a ação, Requião autorizou o contrato sem licitação, firmado através
da Tecpar com a IBPQ. Três aditivos ao contrato foram feitos entre as
partes, Tecpar e IBPQ. A ação pede tutela antecipada e o bloqueio de bens
dos envolvidos (Requião, entre eles) para garantir o ressarcimento dos
recursos aos cofres públicos. O TCE (Tribunal de Contas do Estado), diz a
ação, encontrou em 2007 irregularidades no contrato e apontou a devolução
dos recursos desviados.

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