O secretário-geral do PMDB de Curitiba, Doático Santos, disse nesta terça-feira (14) que o senador Roberto Requião (PMDB) deve explicar as ligações com o publicitário Ricardo Hoffmann, preso na sexta-feira, 10, pela Operação Lava Jato. “Se ele é primo da (senadora) Gleisi (Hoffmann), eu não sei, mas foi um dos principais marqueteiros das campanhas de Requião em 2002 e 2006. O comando dos programas das campanhas era dividido entre o Ricardo Hoffmann, Benedito Pires, Almir Feijó e o Airton Pisseti. Os quatro definiam tudo e o Ricardo vivia despachando no Palácio Iguaçu nos dois governos do Requião”, disse.
Outra explicação devida por Requião, segundo Doático, se refere as ligações do senador com Marcos Mazoni, presidente da Serpro. O nome de Mazoni apareceu quando o ex-deputado André Vargas (ex-PT), preso também na Lava Jato, foi acusado de lavar R$ 2,4 milhões para o doleiro Alberto Youssef através da empresa paranaense IT7.
A IT7 é apontada como beneficiária de manobras ilícitas do Serpro para ganhar licitações para adquirir softwares no governo Dilma Rousseff (PT). O Serpro é presidido pelo petista Mazoni, apontado nas denúncias como responsável por beneficiar a IT7 nas licitações. Mazoni é muito ligado a Requião. O petista presidiu a Celepar nos dois governos de Requião, onde ficou conhecido como o “ideólogo do software livre”. Só deixou o cargo quando foi chamado pelo PT nacional para dirigir o Serpro.