REQUIÃO VAI PEDIR MÚSICA COM 3ª DERROTA

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Embora muitos políticos insistirem em dizer que o Paraná não é um estado conservador, mas relembrando a trajetória política, Requião sabe que os ventos políticos mudaram de direção na última década. O tucano Beto Richa foi eleito e reeleito governador, em 2010 e 2014. Ratinho Jr. elegeu-se no primeiro turno em 2018. Nas últimas eleições municipais, em 2020, Rafael Greca de Macedo, ex-DEM e agora União Brasil, repetiu o feito na disputa pela prefeitura de Curitiba, sendo apoiado pelo governador Ratinho Jr. Com alta aprovação na gestão. Agora, segundo recente sondagem do IRG Pesquisa registrada no TRE, Bolsonaro e Lula estão tecnicamente empatados no Paraná, com uma ligeira vantagem para o ex-capitão. Ratinho Jr. no entanto, está disparado na liderança,com 53% das intenções de voto, mais que o dobro do porcentual de Requião (21,59%).Se for derrotado em outubro será a terceira na disputa ao governo do estado, tendo o privilégio de pedir música no Fantástico.

PT BUSCA O PDT

Tendo como comandante Arilson Chiorato, deputado estadual e presidente do PT no estado, ele tenta articular a formação de uma frente capaz de unir os partidos e conseguir o apoio do PCdoB e do PV, e existe um diálogo avançado com a Rede e setores do PSOL e, vai buscar o apoio do PDT. A falta de experiência de Arilson em comandar uma campanha do porte do PT ainda é muito contestada pelos mais velhos e experientes, achando que a troca deveria ser imediata, para que não seja tarde demais. Os nomes de Gleisi Hoffmann e Jorge Samek voltaram a circular entre os militantes, pois sabem que os antigos já participaram de batalhas anteriores e com vitórias.

A campanha de Requião se baseia no velho discurso da Carta de Puebla e alega um sucateamento da educação e da saúde no estado. O que mais preocupa no momento toda direção executiva do PT é o pouco engajamento de correligionários em abraçar a candidatura de Requião, tendo em Lula o único e principal objetivo da presidência. Os desânimos são visíveis nos eventos sempre contando com as mesmas pessoas no interior do estado juntamente com os deputados petistas, e agora levando a tira-colo o filho Maurício Guarengui, que busca a reeleição.

EM SANTA CATARINA PT TAMBÉM FRACASSA

Em Santa Catarina, a experiência de união nas últimas eleições municipais em Florianópolis, mesmo sem ter logrado êxito eleitoral, facilitou á reaproximação dos partidos do campo progressista em uma nova frente para 2022. Ao todo, oito siglas discutem a escolha de um candidato comum: PT, PSB, PDT, PCdoB, Solidariedade, PSOL, Rede e PV. Por lá, Bolsonaro obteve o segundo maior porcentual de votação no País em 2018: 75,92%. Dos 295 municípios catarinenses, saiu vitorioso em 266. Ou seja, em 90,1%, no levantamento da revista Carta Capital. “Unidos, seremos capazes de derrotar as forças retrógradas que puseram o País e Santa Catarina neste caos econômico e social”, afiança o pré-candidato petista Décio Lima, ex-prefeito de Blumenau duas vezes, deputado federal por três legislaturas e atualmente presidente do PT.  

A primeira pesquisa oficial de intenção de voto para o governo de Santa Catarina, divulgada pelo Instituto de Pesquisa Catarinense em meados de março, revela, porém, um cenário desolador para a esquerda. A disputa está acirrada entre Carlos Moisés, do Republicanos (19,3%) e Jorginho Mello, do PL de Bolsonaro (18,6%). O petista Décio Lima figura no longínquo quarto lugar, com 7,7%, afirma a revista Carta Capital.

NO RIO GRANDE DO SUL ESQUERDA SE COMPLICA 

No Rio Grande do Sul, o xadrez político ainda está mais complicado. Nas hostes bolsonaristas, a disputa pelo apoio do ex-capitão está dividida. O deputado federal e ex-ministro Onyx Lorenzoni, do PL, e o senador Luiz Carlos Heinze, do PP, se digladiam para serem os candidatos do Planalto. Em 2018, no segundo turno, Bolsonaro recebeu 68,3% dos votos contra 31,7% dados a Haddad. Venceu em 407 dos 497 municípios. Edegar Preto, deputado estadual pelo PT, é o único pré-candidato já definido. Seu nome uniu o partido que agora tenta atrair o PSB e flerta com o PSOL. O PV e o PCdoB anunciaram apoio, e os petistas sonham com a candidatura de Manuela d’Ávila ao Senado. No entanto, será preciso que o candidato tenha uma visão mais ampla e não se feche apenas com os chamados partidos de esquerda. A escolha de Geraldo Alckmin, junto com o PT, é o melhor exemplo, o candidato terá que dialogar com vários setores para conseguir transcender o eleitorado tradicional.

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