Dinheiro, muito dinheiro. As contas CC5, que somente gente graúda sabia lidar na metade dos anos 90, facilitou muitos negócios. Negócios escusos que causaram ao país um rombo de mais de US$ 20 bilhões de dólares. Para a época foi um Mensalão e um Petrolão somados que trouxe de volta alguns bilhões, mas, certamente, nem tudo que políticos e empresários mandaram para o exterior usando uma agência do Banestado em Nova York. Um gerente de câmbio foi quem denunciou a prática criminosa quando se ficou conhecendo que mais de 107 contas ilegais lavavam o dinheiro naquela cidade que não era conhecida como paraíso fiscal. Para outros paraísos, certamente, principalmente no Carie, já tinha gente que mandava o produto daquilo que via Banestado representava combustível da corrupção.
Como esquecer este episódio da historia brasileira que motivou uma CPI mista no Congresso Nacional, além daquela que na Assembleia Legislativa do Paraná, sob o comando do deputado Neivo Beraldim, escrachou detalhes cabeludos de um escândalo que até hoje desafia autoridades da época que não conseguiram concluir, totalmente, este que foi um dos maiores roubos da historia brasileira.
Lembro hoje de um pronunciamento inconformado do Presidente da OAB-Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, meu conterrâneo, que lamentou os esquemas criminosos que evitaram pudesse o país cobrar tamanho roubo financeiro que acabou sendo responsável pelo fim de um banco estadual que foi transformado em “propinoduto” brasileiro para o exterior.
Como esquecer que fizeram os paranaenses e brasileiros de bobos com uma CPI mista que foi instrumento de acertos em Brasília para que não se punissem graúdos das áreas política e empresarial que estiveram enterrados até o pescoço, sem esquecer autoridades constituídas que até hoje continuam com seus nomes pendentes na lembrança daqueles que não conseguem engolir tudo que nos empurraram goela abaixo.
Com os paranaenses pagando por muito tempo uma conta que o governo federal sacou contra o Estado, pagando com juros e correção monetária um negócio que somente os participantes do esquema conseguem explicar, mas sem justificar plenamente, fica difícil esquecer o escândalo Banestado.
Ainda mais quando um dos principais envolvidos neste esquema criminoso do saudoso Banestado, depois de passar por tantos outros esquemas criminosos ainda se beneficiou de delação premiada naquela época e agora com os recentes escândalos do Petrolão. Sinceramente, você acha que todos os envolvidos no escândalo Banestado, pagaram por este crime?
LUIZ FERNANDO FEDEGER