Ministro voltará à Foz do Iguaçu na manhã da próxima segunda, 16
O ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro inaugura, na próxima segunda-feira (16), o Centro Integrado de Operações de Fronteira em Foz do Iguaçu. A estrutura, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), vai reunir representantes designados de 10 instituições federais.
A solenidade, prevista às 9h, terá presença do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior e do diretor-geral brasileiro da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, adianta Ronildo Pimentel, no GDia.
O Centro Integrado de Operações de Fronteira (Ciof), com apoio da Itaipu Binacional, será o primeiro do projeto de segurança para fronteiras do Governo Federal, elaborado pelo ministro Sérgio Moro. No local, serão integradas as forças de segurança de diversos níveis (municipal, estadual e federal), é inspirado no Fusion Center, do governo dos Estados Unidos.
O escritório, dedicado a cooperação internacional e ações que poderão ser feitas na área de segurança, vai funcionar em uma área do complexo hidrelétrico Itaipu por período inicial de cinco anos. A binacional vai bancar os custos iniciais, estimados em aproximadamente R$ 3 milhões, até a construção da sede definitiva.
Integração fronteiriça
Ao participar do encontro ministérios da Justiça e Segurança Pública, no início de outubro em Foz do Iguaçu, o coordenador-geral de combate ao crime organizado do Ministério da Justiça e Segurança, Wagner Mesquita de Oliveira, confirmou para dezembro início de atividades do centro.
De acordo com ele, para isso o centro terá de começar buscando a cobertura integral na comunicação da fronteira tríplice entre Brasil, Argentina e Paraguai. “Nós somos muito carentes em relação a tecnologia e equipamentos. Hoje em dia, nem os rádios das instituições que operam aqui na fronteira falam entre si. São sistemas diferentes”, explicou.O centro visa intensificar e fortalecer a integração entre os agentes de segurança pública no combate ao crime organizado transnacional e atuará prioritariamente em três frentes: operação ostensiva, auxílio de investigação e combate ao crime organizado.
As equipes também monitorarão movimentações financeiras ilegais, que podem financiar o terrorismo em várias partes do mundo. Imagens de satélite serão usadas, segundo o projeto, no trabalho de identificação das rotas do crime, e as forças de segurança terão comunicação integrada.
Monitoramento
De acordo com o ministério, o projeto prevê a instalação de câmeras de longa distância e com capacidade pra identificar o que não se pode ver a olho nu. À imprensa, Oliveira informou ainda que o escritório contará com equipes mistas.
Para integrar estas equipes serão convidados, por convênio, todas as instituições de segurança pública para mandarem representantes. Além de agencias internacionais, como dos Estados Unidos, Argentina e Paraguai. Existe a expectativa de participação do presidente Jair Bolsonaro. A agenda, no entanto, não estava confirmada até o fechamento da edição.
Informações do CabezaNews