Nesta semana o presidente do PT no Paraná, Arilson Chiorato soltou o verbo em uma entrevista ao blog do Zebeto e já deu os sinais de como será o formato do partido na oposição ao governador Ratinho Jr. (PSD). Na parte política disse que o partido deve disputar as prefeituras das 399 cidades do Paraná em um campo de aliança que inclui o PV, PCdoB, PSB, PDT, MDB e PSDB e que o foco é dar prioridade as principais cidades como Curitiba, Maringá, Londrina, Foz do Iguaçu, Guarapuava e Ponta Grossa. Para alfinetar o governador Ratinho Jr. já ironizou dizendo que o maior objetivo é derrotar e “ENTERRAR O BOLSONARISMO NO PARANÁ”!
Quantos as empresas paranaenses como a Copel, Compagas e Sanepar o partido fará de tudo para evitar as privatizações, inclusive irá buscar auxílio federal juntamente com Gleisi Hoffmann para rever o caso da Copel que teve autorização da Assembleia em 2022 para venda de ações.
O detalhe de mais repercussão da entrevista é que segundo Arilson, o governador não vai mais ditar as prioridades de investimentos na Itaipu Binacional. “O governo do Estado será o nosso parceiro. Se tiver algum projeto bom, a Itaipu vai financiar, mas não vai deixar o Ratinho escolher do jeito que queria simplesmente fazer uso da forma que queria com o dinheiro do Itaipu e depois ainda propagandear e esconder a Itaipu”.
Ou seja, a nossa Binacional vai voltar a atender aos pedidos de Brasília, como era nos tempos de Jorge Samek, quando toda verba era investida mais em atender ministros, empresas de cartel realizavam obras fora do estado e congressos pelo Brasil, que faziam parte da ala petista. Nada ficava por aqui!
O que se sabe por enquanto que a questão de obras como foi feito no governo Jair Bolsonaro de agora em diante tem tudo para ser encerradas no Paraná com este alerta de Chiorato. Os investimentos que a usina realizou no oeste do estado recentemente têm tudo a desaparecer e serem paralisados com este novo pensamento na tentativa de atingir o governo de Ratinho Jr. e, não propiciar inaugurações de porte como foi feito nos últimos quatro anos.
O CASO PEDÁGIO VAI ESQUENTAR
Está questão do pedágio no Paraná será um dos calcanhares de Aquiles, em que o PT irá mais bater no governo paranaense de agora em diante, com a desculpa de que com o formato proposto por Lula. A idéia de Chiorato é colocar na cabeça dos paranaenses que o modelo petista será um pedágio barato, obras de duplicação, investimentos, com o leilão no formato diferenciado, sem nada que impeça dar os descontos, ou seja, sem o aporte, sem a outorga e sem conta vinculada, que é o que tem no edital hoje. Para o PT quebrar o mecanismo que barra o desconto no leilão é questão de honra no estilo pretendido pelo presidente.
O governador Ratinho Jr. já afirmou na posse do segundo mandato que: “pedágio caipira nós não vamos aceitar. Cortar mato e pintar asfalto nós não vamos aceitar. Nós queremos duplicações, pra que essas duplicações e infraestrutura possam atender o crescimento econômico do nosso estado”.
Pelos trâmites deste um ano e meio que estamos sem pedágio, a briga deverá se alongar e o interesse maior do PT em desgastar e prejudicar o governo vai estourar realmente em que usa e precisa da estrada, que é o cidadão paranaense.
DISPUTAR A PREFEITURA DE CURITIBA EM 2024
A disputa pela prefeitura de Curitiba também faz parte da retaliação generalizada ao grupo bolsonarista do estado, que esteve comandada pelo governador Ratinho Jr. e para isso o presidente petista pretende usar nomes como os deputados federais Carol Dartora e Tadeu Veneri e, tendo como base de apoio para os desgastes dos candidatos rivais, os deputados estaduais como Ana Júlia, Requião Filho e Renato Freitas além dos vereadores Ângelo Vanhoni, Professora Josete e Giorgia Prates.
Um quadro de artilharia pesada que irá se movimentar no estado e na capital com o único intuito de derrubar o grupo do governador, que pretende com Eduardo Pimentel (PSD) conquistar a vaga. Chiorato provavelmente ainda sonha de que o PT assuma a prefeitura como protagonista principal e não de vice como foi na época de Gustavo Fruet (PDT) e Mirian Gonçalves (PT) de vice prefeita.A outra carta na manga do partido seria um apoio e uma aliança com o deputado federal Luciano Ducci do PSB, com ele de cabeça de chapa.Afinal o PT já usou o PSB como um partido companheiro, pois é o partido do vice-presidente Alckmin .
DISPUTAR O GOVERNO EM 2026
Sonhador como sempre e gostar de viajar na maionese como dizem os mais jovens hoje, o deputado Arilson chegou a dizer que até ele poderá ser um dos pré-candidatos ao governo em 2026, mesmo considerando que o partido tem cinco deputados federais, sete deputados estaduais, temos ex-prefeitos, ex-senadores e várias pessoas que poderão contribuir para uma disputa no governo do Paraná. Uma coisa é certa e que não foi dita é com relação à possibilidade do retorno da disputa de Gleisi Hoffmann ao governo com o apoio de Lula e que terá pela frente um nome provável como Alexandre Curi pelo grupo do governo.
RETALIAÇÃO CONTRA IGREJAS NO GOVERNO DO PT
De outro lado, o ex-presidiário e ex-deputado José Genoino, que foi entrevistado pelo canal Diário do Centro do Mundo (DCM), ligado à esquerda, e foi questionado pela apresentadora sobre como o governo Lula pretende tratar com as igrejas evangélicas. Depois da entrevistadora Sara Vivacqua chamar as igrejas neopentecostais de “máquinas de lavagem cerebral” e de “quinto poder” e questionou se não é preciso regular as igrejas.
A resposta do petista, que foi preso pelo processo do mensalão, foi de falar sobre o fim da isenção de impostos para as igrejas, de trabalhar na base para mudar a posição dos fiéis e então tratar com os líderes.
–Com relação a essas igrejas nós precisamos atuar de baixo para cima e não repetir o erro que cometemos quando governamos, de atuar com as cúpulas – disse Genoíno. Ele declarou ainda que é preciso ter muita habilidade para que o governo Lula não seja acusado de perseguir os cristãos.