O evento tinha como o objetivo de aproximar os gestores municipais dos programas do governo federal e tentar melhorar a imagem do governo perante os prefeitos nos três dias (11,12 e 13 de fevereiro), que estiveram reunidos em Brasília.
O péssimo prestigiamento e o fracasso na presença de representantes das cidades foram os pontos altos dos comentários na Esplanada dos Ministérios. Para se ter uma ideia da baixa presença dos prefeitos, dos 5.568 municípios brasileiros que foram convidados apenas 3.200, ou seja apenas 57% compareceram para cobrar as promessas feitas por Lula da Silva (PT) e seus 38 ministros no início do mandato em 2023 e que até agora pouca coisa ou quase nada foi executada, apenas lançamentos e nada de verbas para investimentos que saiam do papel.
PROGRESSISTA METEU A BOCA NO GOVERNO
O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Júlio Arcoverde (PP-PI), afirmou que prefeitos que viajaram para o encontro nacional em Brasília organizado pelo governo Lula estão reclamando do atraso na aprovação da lei orçamentária de 2025. Disse o deputado “as prefeituras já estão começando a sentir falta dos recursos da saúde, dizendo que isso pode dar um problema mais sério lá na ponta”. Arcoverde e o relator-geral do Orçamento, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), ainda estão à espera da audiência de conciliação sobre emendas parlamentares entre o governo Lula, a cúpula do Congresso e o STF, convocada pelo ministro Flávio Dino para 27 de fevereiro. Como a Lei Orçamentária Anual de 2025 ainda não foi aprovada, o governo está executando um orçamento provisório, com receitas e despesas reduzidas. Hoje, a previsão é retomar as discussões na CMO na semana depois do Carnaval. A peça provisória não inclui a verba das emendas parlamentares, que, em 2024, responderam por 49,2 bilhões de reais do Orçamento. Deputados e senadores são obrigados a destinar metade dos repasses à Saúde – o que explica as queixas dos prefeitos. “70% do relatório do Orçamento estão prontos. Os 30% que faltam a gente vai adequar às exigências do Supremo. Não adianta fazer um relatório e, dois dias depois, sair uma decisão proibindo algum tipo de emenda que colocamos no relatório”, disse o presidente da CMO, revelou a revista Carta Capital.
LULA CORTEJA PREFEITOS DESMERECER O CENTRÃO
A revista Veja avaliou que Lula sabe que sua reeleição, em 2026, ou mesmo a eleição de quem ele apoiar, depende do reconhecimento de que os investimentos foram feitos por decisão do governo federal e, para isso, precisa mostrar o que faz. Essa foi a motivação do encontro iniciado na região central de Brasília. Como em uma feira, ministério e outros órgãos do governo montaram stands para apresentar seus cardápios de políticas governamentais disponíveis para os prefeitos.
O MESMO “ENROLATION” DE SEMPRE
Para se contrapor à dinâmica das emendas parlamentares, o governo federal oferece nos discursos muito afago, mais promessas de recursos federais e instrumentos de gestão para os municípios. Lula reforçou que nenhum prefeito será discriminado em razão do partido político e que as políticas são feitas para “o povo da cidade”.Aproveitou também para fazer mais um lançamento que será incluído no PAC direcionado para áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura social e urbana e mobilidade.
RATINHO JR. MAIS FORÇA QUE LULA
PREFEITOS DO PARANÁ PRESTIGIARAM ENCONTRO PROMOVIDO NO ESTADO E NÃO FORAM À BRASÍLIA
O governador do estado do Paraná, Ratinho Jr. conseguiu demonstrar a força de sua liderança ao reunir mais de 90% dos prefeitos do Paraná desde a última quarta-feira (12) e até está sexta feira (14), em Foz do Iguaçu no encontro de prefeitos e representantes dos 399 municípios do Paraná. Ratinho Jr. fez a palestra de abertura do evento que estava recheado de palestras, workshops e uma Feira de Serviços que vai colocar os participantes cara a cara com representantes das Secretarias de Estado e de órgãos como a Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Ministério Público e Defensoria Pública. Tudo isso para turbinar a gestão municipal e facilitar o acesso a recursos e projetos. Como as datas dos eventos de Foz e em Brasília coincidiram os prefeitos do Paraná estiveram na cidade fronteira e não na capital federal.
O MOTIVO?
O Paraná Mais Cidades, um evento promovido pelo Governo do Estado para modernizar a gestão pública e estreitar laços entre os municípios e o governo estadual. A ideia é fortalecer parcerias e apresentar as novas diretrizes para as administrações municipais que estão chegando com fôlego renovado. Essa iniciativa é uma evolução do Governo 5.0, evento que já rolou duas vezes no Oeste do estado.
