Técnicos da PGR chegam a Curitiba para buscar dados que Lava Jato queria esconder

a-marcha-contra-a-constituicao-e-a-pgr-fg3t644ivehvpc25nf6zjknk2q

Técnicos da Procuradoria-Geral da República (PGR) chegaram nesta terça-feira (21) a Curitiba para buscar os dados de toda a investigação da Operação Lava Jato. Eles cumprem decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que no último dia 9 determinou o compartilhamento dos dados numa decisão do início deste mês, de acordo com informação do G1.

Toffoli atendeu a um pedido da própria PGR, que relatou ter enfrentado “resistência ao compartilhamento” e à “supervisão de informações” por parte dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

A expectativa é que o trabalho dos técnicos dure uma semana, devido ao volume de material. As informações estão em celulares e computadores apreendidos ao longo de toda a Operação Lava Jato, como o computador do empresário Marcelo Odebrecht.

A estimativa é de que a PGR tenha acesso a mil terabytes de dados (500 na Polícia Federal e 500 no Ministério Público Federal).

Serão compartilhados dados de 50 milhões de movimentações financeiras que somam R$ 4 trilhões e 1784 relatórios digitalizados de inteligência financeira produzidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Pela decisão do presidente do STF, as forças-tarefa da Operação Lava Jato devem entregar “todas as bases da dados estruturados e não-estruturados utilizadas e obtidas em suas investigações, por meio de sua remessa atual, e para dados pretéritos e futuros, à Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise do gabinete do procurador-geral da República”.

Ao analisar o caso, Toffoli considerou que o procurador-geral da República tem competência para requisitar “intercâmbio institucional de informações”. Segundo ele, os procuradores praticaram “evidente transgressão” ao princípio da unidade do Ministério Público, previsto na Constituição.

Informações são do Contra Ponto

Compartilhe

plugins premium WordPress