Cerca de 60 carros fizeram barulho em frente à instituição e tiveram o apoio da comunidade, que bateu panelas
Na tarde deste sábado (25), o movimento Resiste UP, liderado por alunos da Universidade Positivo, fez um novo protesto. Com o auxílio de um carro de som cedido pelo Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana (Sinpes), foi dada voz à indignação de docentes, discentes e funcionários lesados pela onda de demissões que ocorreram em julho. A comunidade apoiou batendo panelas no condomínio da frente.
As demissões e extinções dos cursos vieram depois da venda da universidade para o grupo Cruzeiro do Sul, que assumiu a gestão no final do ano passado. A Positivo, que manteve o nome, é uma das maiores instituições de ensino superior privado do Paraná.
Entre 15h e 16h, cerca de 60 carros ficaram enfileirados em frente à instituição. Enquanto isso, em ato simbólico, cruzes foram enterradas no gramado, carregando os nomes dos cursos extintos pela UP. Em Curitiba, Ciências Biológicas (bacharelado e licenciatura), Química, Física e Matemática (licenciatura) foram encerrados. No campus Londrina, Administração e Ciências Contábeis.
“Não somos cinco ou seis alunos. Somos mais de 200 jovens que tiveram seus sonhos arrancados. Não iremos assistir calados à morte da UP”, diz o movimento, fazendo menção à fala do reitor José Pio Martins, em entrevista para o Plural.
“Nossos professores eram doutores e especialistas nas matérias que ministravam, mas isso não impediu que fossem sistematicamente demitidos por videochamada, em meio a uma pandemia. Professor não é objeto para ser descartado. A Universidade que escolhemos era reconhecida pela qualidade de seu ensino, não por seu autoritarismo.”
O protesto foi pacífico e teve o acompanhamento da Polícia Militar. Os manifestantes afirmam que todas as regras da Organização Mundial da Saúde foram seguidas à risca.
Fonte: Plural