O diretor de Transporte da Comec, André Fialho, disse nesta terça-feira que se a Urbs pode apresentar outra pesquisa de origem/destino caso não aceite a feita pela Fipe/USP, na qual se baseou a proposta do subsídio ao transporte integrado da região metropolitana de Curitiba. “Nós esperamos o resultado desta pesquisa desde o ano passado para ter uma segurança de que a participação metropolitana era maior do que se imaginava. Aceitar uma crítica simplesmente porque não acha que é ideal? Então que apresentem outra melhor, mais completa, que faça mais do que nós fizemos com 128 mil entrevistas, aí discutimos em cima de coisas reais, e não na base do que “acho que não serve”, disse Fialho em entrevista a rádio CBN de Curitiba.
“A pesquisa é um indicativo, servindo como uma ferramenta de análise, de avaliação. Há 10 anos atrás foi feita uma pesquisa nos mesmos moldes e levou em conta que seriam em torno de 28% dos passageiros metropolitanos, com características metropolitanas. Nesses ano de 2014, a Sedu contratou uma pesquisa de origem e destino, dez anos depois, e chegou à conclusão que cresceu para 31%. Ou seja, nós temos uma ferramenta, a pesquisa, que ninguém mais fez, que nos indica que o crescimento da demanda de passageiros metropolitanos e isto é visto a olho nu”, completou Fialho.
Para Fialho, a pesquisa, além do indicativo, serviu como segurança depois de dois anos e meio para “fazer um questionamento e, dependendo do nível de flexibilidade, negociar. Se você quer negociar você senta na mesa e negocia, se não quer negociar, você começa a achar defeito em tudo”.
“O cálculo do subsídio é feito conforme a metodologia e conforme os dados que a prefeitura apresentou. O Estado passou isso, bancou o subsídio pela primeira vez na história e não questionou, só questionou a partir do ponto em que entende que tem que questionar. Este recurso é público, não é do bolso de ninguém e, como recurso público, o governo tem de questionar se é a melhor metodologia ou não. É uma questão de responsabilidade”, disse Fialho
O diretor da Comec disse ainda que o Governo do Paraná está aberto para uma negociação. “Sempre, desde o início, da nossa parte, do Estado sempre foi de sentar e negociar e discutir. Mesmo quando o resultado da pesquisa de origem e destino foi encaminhado à prefeitura e a todos os órgãos envolvidos, sindicatos, ministério público para tomar conhecimento da ferramente e ai a partir dai foi colocado na mesa como um ponto de negociação. A nossa esperança é de que a prefeitura sente para negociar, apresente uma contra-proposta e a nossa expectativa é esta”, completou Fialho.