*fonte:Karlos Kohlbach*///“Passarinho na gaiola canta”. Foi desta forma que uma fonte bem informada
da Polícia Federal (PF) disse que os próximos delatores da operação Lava
Jato devem ser os ex-deputado federais André Vargas (ex-PT) e Luiz Argôlo
(ex-SD). Ambos estão presos numa penitenciária na Região Metropolitana de
Curitiba desde 10 de abril de 2015 quando a PF deflagrou a 11º fase da
operação batizada como “A Origem”. Em comum os dois têm o mesmo objetivo:
“vamos f*** a República”, frase atribuída aos ex-deputados.
Próximo de completar seis meses enjaulados, Vargas e Argôlo já perceberam
que estão abandonados a própria sorte na carceragem do presídio. Diante do
avanço das investigações e dos benefícios que uma delação premiada pode
trazer, numa eventual condenação, os dois ex-deputados federais estão
dispostos a contar tudo que sabem para os investigadores da Lava Jato. O
primeiro a fazer isso foi o ex-deputado federal e ex-presidente do PP,
Pedro Corrêa.
Uma fonte do Ministério Público Federal (MPF) diz que Vargas pode ajudar a
fechar o quebra cabeça deste escândalo do Petrolão apontando os líderes
deste esquema. Antes de ser preso, Vargas era um homem de poder dentro do
PT — cotado até para assumir nesta legislatura a presidência da Câmara dos
Deputados. Estava tudo conversado e acertado, mas a Lava Jato derrubou os
planos políticos. Esquecido pelo PT, este tem sido um pensamento recorrente
na prisão, Vargas agora quer contar o que viu, o que sabe e o que
participou com uma riqueza de detalhes que assusta até quem não é do PT.
As reuniões de Vargas e Argôlo com os procuradores do MPF para acertar um
possível acordo de delação premiada devem acontecer nas próximas semanas.