Em depoimento à CPI da Petrobras em Curitiba, o ex-deputado federal André Vargas (ex-PT), preso na Operação Lava Jato por suspeita de corrupção, afirmou que “as grandes injustiças se corrigem com o tempo, paciência e silêncio”. Vargas está detido na carceragem da Polícia Federal em Curitiba há pouco mais de um mês. Neste fim de semana, foi indiciado pela PF, junto com outras pessoas, sob suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção. Não há, por enquanto, denúncia contra o ex-deputado. As informações são do Estadão.
Ontem, Vargas utilizou-se do direito constitucional de ficar calado por boa parte do tempo do seu depoimento à CPI, que durou cerca de 40 minutos. Ele apenas respondeu algumas questões, mas nenhuma relacionada à Operação Lava Jato e nem ao PT, seu antigo partido.
O ex-parlamentar fez o comentário sobre a paciência em resposta à deputada Eliziane Gama (PPS-MA), que lamentou o permanente silêncio do ex-deputado na maioria dos questionamentos. Vargas apenas respondeu: “Sêneca, pensador romano, disse que as grandes injustiças se corrigem com o tempo, paciência e silêncio”.
Na maioria das perguntas, o ex-petista respondia: “Vou me reservar ao direito de permanecer em silêncio”. Quando perguntado se era amigo do doleiro Alberto Youssef, Vargas disse que o conheceu “vendendo coxinha no aeroclube de Londrina”. “Eu o conheço há mais de 30 anos”, afirmou. O ex-deputado, porém, disse que nunca recebeu repasses monetários do doleiro.