Este ditado popular já fez parte daqueles anos de corrupção em que o país enfrentou nos mandatos antigos do PT e pelo jeito o velho modo de operar ainda vai continuar e surpreender ainda mais os eleitores que elevaram o ex-condenado ao cargo de Presidente da República.
Desta vez ainda não temos Copa do Mundo e nem Olímpiadas para assistirmos obras superfaturadas, mas eles deram um jeitinho e na última segunda feira (06), outro fato veio à tona, quando foi assinado em Brasília um dos mais exorbitantes convênios do país se utilizando do velho estilo da GENTILEZA COM CHAPÉU ALHEIO.
Foi um convênio formalizado entre a Itaipu Binacional, o Governo do Estado do Pará e a Prefeitura Municipal de Belém, através dos quais a usina hidrelétrica irá retirar dos cofres da hidrelétrica paranaense e irá aplicar recursos da ordem de R$ 1,3 bilhão na melhoria da infraestrutura da capital paraense, para tornar a área metropolitana mais bonita visando a 30ª. Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, em 2025, a chamada COP 30.
O artigo publicado nesta semana da Paranoa Energia retrata bem o descalabro que o diretor da usina Ênio Verri (PT) está promovendo juntamente com o presidente Lula da Silva (PT) em retirar um aporte bilionário das contas recebidas dos estados do sul e sudeste para bancar um evento que provavelmente não trará nada de positivo, como foram os encontros anteriores destes COPs promovidos em diversos países.
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ABSURDO DOS ABSURDOS!
Tirar dinheiro de Itaipu para tornar a cidade de Belém mais bonita é o absurdo dos absurdos. Uma das maiores distorções que existem no setor elétrico brasileiro. Itaipu não passa de uma empresa de geração de energia elétrica, mas a principal distorção que existe em relação à binacional é transformá-la numa espécie de banco de desenvolvimento paralelo ao BNDES, quando seus ganhos deveriam reverter em favor dos consumidores de energia elétrica, tornando as tarifas mais baratas.
Mas não!
Precisa-se de dinheiro para alguma coisa e o orçamento federal está apertado, olha-se com olho gordo para o cofre de Itaipu e a grana flui com facilidade. Tem sido sempre assim ao longo dos anos. Nenhum governo é suficientemente corajoso para corrigir a distorção e dizer não aos políticos.
Sucessivos governos, em Brasília (não apenas o atual) usam e abusam politicamente do dinheiro em caixa de Itaipu. Mais recentemente os recursos da empresa foram utilizados para recuperar o aeroporto de Foz do Iguaçu. Uma nova ponte entre o Brasil e o Paraguai está sendo construída com o dinheiro da hidrelétrica. Sem contar outras preciosidades, pois, onde há dinheiro sobrando, também sobram ideias mirabolantes. Num governo petista anterior, alguém teve a brilhante ideia de construir uma universidade latino-americana junto à sede da empresa, em Foz do Iguaçu. Com o dinheiro da hidrelétrica, naturalmente. A obra foi paralisada em 2014 se tornando um elefante branco na fronteira e agora o próprio governo do PT está arrumando um jeito de encobrir a cágada feita anteriormente destinando mais R$ 752 milhões para entregar a universidade.
TEM MUITA COISA PARA FAZER POR AQUI E NÃO LÁ!
A área de abrangência de Itaipu engloba 399 municípios no estado do Paraná e 25 em Mato Grosso do Sul. Uma rodovia aqui, um parque ali, uma escola sabe-se lá em que lugar. Não apenas a água, mas também a grana de Itaipu irriga essa vasta região e obviamente gera dividendos políticos. A classe política sempre teve especial interesse em controlar Itaipu e todo mundo gosta de tirar uma casquinha no dinheiro de Itaipu.
A indicação de Belém para sediar a COP 30 foi uma ótima escolha e dá visibilidade ao Brasil. Belém é excelente cidade e, além disso, os participantes da reunião poderão ver bem de perto como é fundamental preservar as florestas do mundo inteiro, não apenas a Amazônia.
No caso, a sacanagem consiste em tirar recursos de Itaipu ao invés de sair do orçamento federal. É natural que Belém fique mais bonita ainda para receber os visitantes. Mas não era necessário extrair de Itaipu R$ 1,3 bilhão que poderiam beneficiar os consumidores de energia elétrica. Na maior cara dura, o Governo Federal decidiu jogar o dinheiro de Itaipu em Belém, localizada a 3.300 km de distância, praticamente em linha reta.
Ou seja, seria mais justo que os contribuintes do país inteiro, através do Tesouro Nacional, bancassem o embelezamento de Belém para a COP 25. Não era necessário meter a mão peluda do Estado nos bolsos dos consumidores de energia elétrica.
O CAIXA DE ITAIPU É UMA ESPÉCIE DE COFRE DO TIO PATINHAS PARA O PT
A hidrelétrica literalmente está nadando em dinheiro, pois já não tem que pagar dívidas contraídas para a sua construção. A dívida está totalmente liquidada depois de 50 anos. O mais natural, portanto, seria reverter o seu excesso de dinheiro para os consumidores de energia elétrica, tornando as tarifas mais baratas.
Só faltava essa de aplicar os recursos de Itaipu numa região que nem integra a sua área de abrangência. E que nem é beneficiada pela energia elétrica gerada pela usina.
Os atuais comandantes da Binacional sempre são muito criativos (com o dinheiro dos outros).
A CADA ANO UM NOVO TEATRO!
Um dos críticos nesta semana foi o senador Plínio Valério (PSDB-AM) que afirmou, em pronunciamento que a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP-30, a ser realizada em Belém, em 2025, não trará nada de concreto para a floresta Amazônica. Para ele, os resultados serão “superficiais, ineficazes e repetitivos”, da mesma forma que, a seu ver, foram as conferências do clima em anos anteriores.