O ex-deputado e vereador em Foz do Iguaçu, Soldado Fruet (PL) começou o mandato cheio de confusão. Primeiro teve a nomeação da mulher, Tatiana Felisberto, na diretoria do Procon revogada após a péssima repercussão, e agora tem o flagra de abuso de autoridade em um vídeo divulgado pelo próprio Fruet nas redes sociais.
No vídeo, o vereador participa da Operação Bairro Seguro com a Polícia Militar e Guarda Municipal. Em um dos frames, Fruet está dando uma revista pessoal em um dos moradores de rua abordado pelas forças policiais. Em outro, aparece perfilado ao lado dos policiais dando o famoso jack de ganso.
O vereador e da reserva da PM, não pode participar de operações policiais e muito menos sair revistando os moradores, sejam de rua, de bairros ou da periferia. Fruet não é mais soldado da corporação e não estava autorizado a participar da operação policial.
A sua participação, gravando vídeo e expondo os moradores configura crime de abuso de autoridade, conforme prevê o artigo 13 da Lei 13.869/2019. A alopração também se enquadra no artigo 328 do Código Penal, quando ocorre a usurpação do exercício do serviço público, ou seja, praticar a função pública indevidamente.
Além das possíveis sanções cíveis e penais, Fruet pode ter cometido quebra de decoro parlamentar,trazendo prejuízo à imagem do legislativo.
*Providências*
A punição vai desde a cassação até penas mais brandas dentro do Conselho de Ética da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu. Por enquanto não há protocolado algum pedido de providências por alguma entidade de direitos humanos ou partido político.
Quem também repercutiu o vídeo do vereador foi o padre Júlio Lancelotti, defensor dos direitos humanos dos moradores de rua. Nos comentários, Fruet leva uma saraivada de críticas, o que não fica bem para a imagem do legislativo municipal.
Fruet cancelou suas páginas nas redes sociais junto com o vídeo comprometedor. Ele iniciou uma nova página no instagram com poucos seguidores. O vídeo continua a circular nos grupos de whatsapp.