“Vimos casos graves que podem se repetir no Estado”, afirmou Francishcini

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A Comissão Especial de Investigação (CEI) da Assembleia Legislativa, que apura possíveis fraudes de vacinação contra a doença no Estado ouviu, nesta terça feira (11), pessoas envolvidas em um caso suspeito de fura-fila em Rio Branco do Sul. Os nomes fazem parte de uma lista encaminhada pela prefeita da cidade da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Karime Fayad, ao Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR). A cidade recebeu a primeira diligência da Comissão no fim de abril. Prestaram depoimentos proprietários de clínicas, familiares e pessoas suspeitas de terem furado a fila de vacinação.

De acordo com o presidente do grupo de trabalho, deputado Delegado Francischini (PSL), o objetivo da Comissão é melhorar os protocolos que determinam quais pessoas têm direto à prioridade na vacinação contra o novo coronavírus.

“Vimos casos graves que podem se repetir no Estado, o de proprietários que comandam clinicas de saúde colocar nomes de pessoas que sem uma confirmação efetiva de trabalho se vacinaram. São casos que tiram credibilidade da fila de pessoas que, por idade ou comorbidade, esperam sua vez. Ao final, vamos tirar uma proposta legislativa que acabe com a possibilidade de se furar a fila”, explicou o parlamentar. Também participaram da reunião os deputados membros da comissão Nelson Justus (DEM) e Arilson Chiorato (PT).

Uma dentista e proprietária uma clínica odontológica ouvida pela Comissão negou irregularidade no fato de ter acrescentado os pais na listagem para receber a vacina. De acordo com ela, os dois, que também prestaram depoimento, foram incluídos no plano de imunização por trabalharem na clínica, descrita pela profissional como “familiar”. 

Já uma mulher de 34 anos também vacinada justificou o fato por estar trabalhando em um laboratório da área da saúde durante o período em que recebeu uma dose do imunizante. Uma terceira suspeita, que incluiu na lista de vacinação um adolescente de 17 anos, preferiu não prestar depoimento. A informação é de que ele era estagiário no estabelecimento.

“Nós queremos dar a todos o espaço para se pronunciarem. Seria injusto incluir os nomes no relatório da Comissão, que posteriormente será enregue ao Minisério Públcio sem dar o devido direito legal de defesa”, explicou Francischini.

Denúncia

A prefeita de Rio Branco do Sul, Karime Fayad, explicou que o município segue as determinações do Plano Estadual de Imunização para vacinar sua população. De acordo com ela, na documentação enviada para os estabelecimentos de saúde indicar as pessoas aptas a serem vacinadas, está claro a informação de que os profissionais “devem estar ativos e trabalhando”.

“No documento está claro quem tinha direito a vacina. Não se pode justificar dizendo que não havia clareza. Estamos promovendo a vacinação com total transparência. Nas diligências que fizemos, não encontramos os citados nos locais de trabalho”, explicou a prefeita.

O secretário de Saúde da cidade, Rafaele Tozzo Corradi, afirmou que a responsabilidade de preenchimento da documentação indicando as pessoas com direito à vacina era dos próprios estabelecimentos de saúde. Segundo ele, por causa do número reduzido de funcionários, é impossível para a Secretaria checar a veracidade das informações.

Umuarama

O próximo alvo da CEI será Umuarama. A diligência será na quinta-feira (13) após denúncias reveladas pela operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que prendeu sete pessoas e cumpriu 62 mandados de busca e apreensão na semana passada – incluindo na prefeitura e na casa do prefeito Celso Pozzobom (PSC).

A ação apura dez casos de fura-filas e investiga o desvio de verbas do Fundo Municipal de Saúde. O prejuízo pode chegar a R$ 19 milhões. Um diretor de um hospital, empresários e dois servidores públicos foram presos.

De acordo com o presidente do grupo de trabalho, deputado Delegado Francischini (PSL), o objetivo da Comissão é melhorar os protocolos que determinam quais pessoas têm direto à prioridade na vacinação contra o novo coronavírus.

“Vimos casos graves que podem se repetir no Estado, o de proprietários que comandam clinicas de saúde colocar nomes de pessoas que sem uma confirmação efetiva de trabalho se vacinaram. São casos que tiram credibilidade da fila de pessoas que, por idade ou comorbidade, esperam sua vez. Ao final, vamos tirar uma proposta legislativa que acabe com a possibilidade de se furar a fila”, explicou o parlamentar. Também participaram da reunião os deputados membros da comissão Nelson Justus (DEM) e Arilson Chiorato (PT).

Uma dentista e proprietária uma clínica odontológica ouvida pela Comissão negou irregularidade no fato de ter acrescentado os pais na listagem para receber a vacina. De acordo com ela, os dois, que também prestaram depoimento, foram incluídos no plano de imunização por trabalharem na clínica, descrita pela profissional como “familiar”. 

Já uma mulher de 34 anos também vacinada justificou o fato por estar trabalhando em um laboratório da área da saúde durante o período em que recebeu uma dose do imunizante. Uma terceira suspeita, que incluiu na lista de vacinação um adolescente de 17 anos, preferiu não prestar depoimento. A informação é de que ele era estagiário no estabelecimento.

“Nós queremos dar a todos o espaço para se pronunciarem. Seria injusto incluir os nomes no relatório da Comissão, que posteriormente será enregue ao Minisério Públcio sem dar o devido direito legal de defesa”, explicou Francischini.

Denúncia

A prefeita de Rio Branco do Sul, Karime Fayad, explicou que o município segue as determinações do Plano Estadual de Imunização para vacinar sua população. De acordo com ela, na documentação enviada para os estabelecimentos de saúde indicar as pessoas aptas a serem vacinadas, está claro a informação de que os profissionais “devem estar ativos e trabalhando”.

“No documento está claro quem tinha direito a vacina. Não se pode justificar dizendo que não havia clareza. Estamos promovendo a vacinação com total transparência. Nas diligências que fizemos, não encontramos os citados nos locais de trabalho”, explicou a prefeita.

O secretário de Saúde da cidade, Rafaele Tozzo Corradi, afirmou que a responsabilidade de preenchimento da documentação indicando as pessoas com direito à vacina era dos próprios estabelecimentos de saúde. Segundo ele, por causa do número reduzido de funcionários, é impossível para a Secretaria checar a veracidade das informações.

Umuarama

O próximo alvo da CEI será Umuarama. A diligência será na quinta-feira (13) após denúncias reveladas pela operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que prendeu sete pessoas e cumpriu 62 mandados de busca e apreensão na semana passada – incluindo na prefeitura e na casa do prefeito Celso Pozzobom (PSC).

A ação apura dez casos de fura-filas e investiga o desvio de verbas do Fundo Municipal de Saúde. O prejuízo pode chegar a R$ 19 milhões. Um diretor de um hospital, empresários e dois servidores públicos foram presos.

Foto:Dálie Felberg/Alep

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