Meme e like não dão voto, diz responsável por redes sociais de Alckmin

TQ SÃO PAULO 17.05.2018 NACIONAL ELEIÇÕES 2018 Geraldo Alckmin, pré-candidato à Presidência do Brasil pelo PSDB, apresenta sua equipe econômica caso seja eleito nas próximas eleições. Na mesa completa, da esquerda para a direita: Luís Felipe D´Ávila, Edmar Bacha, Geraldo Alckmin, José Roberto Mendonça de Barros e Alexandre Mendonça de Barros. FOTO TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

Apesar da guinada pop que deu nas redes sociais de Geraldo Alckmin (PSDB) quando assumiu o marketing digital da campanha presidencial, o publicitário Marcelo Vitorino diz que não vai forjar polêmicas para aumentar a visibilidade.“Meme não dá voto, like [curtida] não dá voto, gracinha não dá voto. A mágica da internet é engajamento. É marcar um evento daqui meia hora na Praça da Sé e ter 3.000 pessoas”, diz. As informações são de Thais Bilenky na Folha de S. Paulo.

Em dois meses à frente das redes de Alckmin, Vitorino rejuvenesceu o perfil do tucano, polemizando com Jair Bolsonaro (PSL). Um exemplo é o meme em que mostrou o ator John Travolta procurando propostas do adversário, uma crítica ao seu alegado despreparo. “Era para falar para a militância, para o cara que estava acuado, tomando porrada dos bolsominions”, justificou.
A ideia agora é burilar um perfil de “missionário do interior” do ex-vereador e ex-prefeito de Pindamonhangaba (SP), quatro vezes governador paulista, católico praticante, filho de franciscano e sobrinho de membro do Opus Dei, movimento conservador católico.

Integrantes da campanha relatam que o pré-candidato cobra que a equipe o defenda de comentários negativos em reportagens online.

Com o noticiário da Lava Jato, a campanha diz que já assimilou o desgaste da exposição ruim do tucano, citado por caixa dois, e do PSDB, que tem um réu por corrupção (senador Aécio Neves) e um preso (ex-governador de Minas Eduardo Azeredo).

“Sigo a orientação do candidato: respondo com a verdade”, diz Vitorino, que militou no PSDB na juventude, mas deixou o partido. “Aécio e Azeredo estão afastados de decisões do partido.”

A campanha vê na internet quatro objetivos: combater boato, mobilizar militância, conversar de forma segmentada com eleitores e arrecadar recursos.

Para tanto, quer treinar simpatizantes. “A militância tem que ser mais acolhedora com os simpatizantes do Bolsonaro. Se brigar, ele não vai ser seu nunca”, afirma o marqueteiro, que conduziu as redes sociais da campanha vitoriosa de Marcelo Crivella (PRB) à Prefeitura do Rio.

Nessa linha, oficialmente, a equipe de Alckmin nega que vá fazer ações anônimas na internet para prejudicar oponentes.As informações são de Thais Bilenky na Folha de S. Paulo.

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