Uma pesquisa realizada pelo Instituto Paraná na quarta-feira (24) apontou que 76,9% dos brasileiros não conhecem nem ouviram falar no do arcabouço fiscal, formulado para substituir o teto de gastos. Outros 17,2% conhecem o texto enviado pelo governo Lula ao Congresso apenas de ouvir falar, enquanto 5,9% responderam que conhecem o projeto.
Só para se ter uma idéia, o texto-base do arcabouço foi aprovado na terça-feira (23) por 372 votos a 108. Com uma diferença de votos considerável, dá para se notar que os únicos interessados eram os deputados na Cãmara Federal, que realmente sabiam o que estavam votando e o que poderiam se beneficiar de agora em diante com novas emendas sem muito controle do governo federal.
Com essa aprovação, surge um novo marco fiscal que estabelece que o governo Lula (PT) só pode aumentar as despesas em 70% em relação ao resultado da arrecadação. Por exemplo, exemplo se a arrecadação crescer 2%, a despesa só poderá aumentar até 1,4%. Apesar disso, o texto estabelece que as despesas somente podem aumentar no máximo 2,5%, mesmo se houver crescimento expressivo de arrecadação. Do outro lado, a proposta autoriza o governo federal a aumentar as despesas em pelo menos 0,6%, independentemente se houver queda na arrecadação. Os percentuais serão aferidos em um período de 12 meses – primeiro semestre do ano corrente mais o segundo semestre do ano anterior.
Apesar da quantia de entrevistados ser baixa, com apenas 2.023 eleitores em 26 estados e no DF, entre os dias 16 e 21 de maio, mostrou o desinteresse que o brasileiro está em relação a toda está tramóia encaminhada pelo PT para os próximos quatro anos.
Mais uma vez todo este efeito do Arcabouço ou do Calabouço fiscal a população só vai entender quando estiver sentindo na pele estas novas regras. Outro projeto aprovado a toque de caixa com a articulação bem armada de Arthur Lira e seus parceiros na calada da noite na Câmara Federal.