AS REPÚBLICAS DE PATO BRANCO, CAMBÉ, PMDB, RATINHO JR,CASAGRANDE, AMARAL VÃO REELEGER BETO RICHA?

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As “ REPÚBLICAS” VÃO REELEGER BETO RICHA?
No loteamento em que se transformou o governo paranaense, vários são os donos do pedaço que buscam ocupar espaço cada vez mais por conta de um apetite político que os identifica. Montadas verdadeiras “Repúblicas” que decidem, mais que o próprio governador, estes verdadeiros feudos iniciam a campanha cuidando agora dos seus próprios interesses. Da “República de Pato Branco” a “República de Cambé”, sem esquecer a “República de Maringá”, espaços que são analisados nesta edição para deixar o eleitor perfeitamente inserido no contexto eleitoral que começou a caminhar. Fique por dentro e saiba quem é quem neste terreno pantanoso no qual pergulharam o candidato a reeleição.
INICIO DA ADMINISTRAÇÃO
Beto Richa iniciou a sua administração loteando a mesma entre diversos segmentos, alguns bem estranhos, que ao longo deste primeiro mandato se aproveitaram, e bem, das benesses garantidas por esta adesão.
Esquecendo muitos daqueles que foram seus aliados em campanha, trocados por iluminadas projeções que até chegaram a garantir alguns resultados ao longo da caminhada, estas verdadeiras “Repúblicas” instalada na administração Beto Richa plantaram afilhados em postos chaves e cargos comissionados que, ao longo deste tempo, deixaram transparecer que a reeleição seria favas contadas.
Alguns até arriscavam dizer que nem haveria segundo turno, baseando tais manifestações no desgaste que a ministra Gleisi Hoffmann foi sofrendo ao longo deste tempo, atingida não apenas por situações federais onde tentou mostrar-se como a dona da cocada preta mas, principalmente, pelos escândalos que envolveram seus dois coordenadores de campanha, Eduardo Gaievski e André Vargas.
Tudo corria como o planejado pelas tais “Repúblicas”, que ocuparam seus espaços e foram tomando conta do governo conforme o melhor interesse de cada um dos seus integrantes.
Tudo começou com a bancada de deputados do PMDB, adesismo que na época até motivou o deboche de Paulo Bernardo dizendo que Beto Richa estaria comprando terreno na lua.
Mas, até que deu certo a conquista desta “República”, levando-se em consideração alguns resultados conquistados via Assembléia Legislativa onde o bloco que mostrou sempre grande apetite pelo Poder, garantiu votações que interessavam o governo.
Pouco depois observou-se que a “República de Cambé”, se instalara com tudo na administração Beto Richa, com Durval Amaral comandando o grupo que tinha a participação de Luiz Carlos Hauly e projetou-se como o time que mais se promoveu com cargos comissionados que se espalharam pelo governo, enquanto um dos integrantes comandava a principal pasta, a das finanças.
Maringá, de olho no futuro também se integrou nesta administração e Ricardo Barros tratou de instalar sua “República”, imaginando que em breve estaria chegando ao seu sonho de se tornar importante no contexto político dos tucanos.
Se tais “Repúblicas” já não bastassem começou a mostrar-se no cenária a “República de Pato Branco”, esta considerada aquela que tinha maior apetite, espalhando raízes pelo gabinete do governador até as fronteiras, em Foz do Iguaçu, embora a princípio uns e outros dissessem que quem nasceu para casa grande jamais chega a arranha céu, sonho que seu principal articulador tinha de mobilizar-se para chegar, quem sabe, a vice governador ou na pior das hipóteses suplente do senador Alvaro Dias, aquele que dizia ser o governo Beto Richa um balcão de negócios e depois encostou-se no mesmo acertando sua situação com os tucanos do Palácio e da Assembléia.
Desta “República de Pato Branco”, cujo comandante tinha a seu favor a experiência de plantar até parentes no gabinete do deputado Ademar Traiano, outros frutos renderam para os mesmos a ponto de quase jogar no abismo o prefeito Reni Pereira, de Foz do Iguaçu, que acordou em tempo safando-se desta turma.
Mas uma outra “República” passou a ser observada ao longo deste tempo, sendo ela encabeçada por Ratinho Junior, que fez da Rede Massa quase que um veículo oficial do governo por conta de tanta verba publicitária que recebeu depois que o ex-candidato a prefeito pelo PSC aceitou vestir uma cueca de seda que lhe foi conveniente até quando interessou estar aliado ao governador Beto Richa.
Chamado há pouco tempo para ser o vice de Beto Richa, o dono desta “República” deu desculpa esfarrapada para não aceitar, mas deixando claro que tal integração com o governo foi bom enquanto durou, inclusive gerando comentários de que não aceitou que o governador lhe oferecera para não ferir a compensação que deu a Requião que foi um dos seus primeiros aliados no segundo turno da ultima eleição municipal.
Enquanto iluminados experts em política passaram a abastecer regiamente as paginas da Gazeta do Povo, o veículo mais prestigiado pelo governo Beto Richa, buscou-se preparar o terreno para iniciar a caminhada da reeleição com uma caminhada na convenção do PMDB.
Deu zebra e Beto Richa sentiu o golpe, embora alguns deputados permaneçam na “República” que montaram no governo prometendo fidelidade que pode, inclusive, lhes causar situação delicada no partido cuja mercadoria venderam, mas não entregaram ao consumidor.
Enquanto isso, Ricardo Barros viu seus planos prosperarem e garantirem o sonho de fazer com sua “República” com que o governo Beto Richa dependesse do mesmo.
Deixando transparecer que os prejuízos seriam enormes com um irmão, Silvio Barros candidato a governador e com chance de roubar o eleitorado de Maringá e região com que Beto Richa sempre contou, Ricardo Barros armou o seu circo fazendo sua companheira Cida Borghetti candidata e presidente de um partido nanico, mas que rende minutos no rádio e TV durante a campanha.
Este arsenal maringaense projetou ainda mais a “República” armada por Ricardo Barros que emplacou, inclusive, Cida Borghetti como vice na chapa de Beto Richa.
Contando com todo este arsenal das “Republicas”instaladas em seu governo, Beto Richa está prestes a iniciar a campanha, mesmo sabendo que pisa terreno perigoso já que esta turma de apoiadores é conhecida pelo seu enorme apetite político.
Requião está chegando no pedaço com aquele estilo de revelar muitas coisas criando minhocas na cabeça do eleitorado e prometendo, desde já, basear-se, inclusive, no verdadeiro arsenal de escândalos que podem minar uma campanha política.
Será que estas “Repúblicas”, cuja imagem é vendida devidamente empacotada por assessores próximos, vai garantir a reeleição de Beto Richa ?

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