COLUNA MANO PREISNER DE CASCAVEL: AUMENTO DO IPTU OU O  SUICÍDIO POLÍTICO DO RENATO SILVA

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A mídia local noticia, sem muitos detalhes, uma reavaliação dos imóveis urbanos da cidade, para fins de lançamento do IPTU dos cascavelenses a ser cobrado em 2026. Segundo os boatos, a prefeitura está contratando uma empresa especializada, para atualizar os valores de terrenos, casas, lojas comerciais, apartamentos. A alíquota, que é o percentual do imposto sobre o valor do imóvel, ficaria a mesma. Isso permite o discurso mentiroso do órgão público, no caso a prefeitura, de que “o imposto não aumentou…”.

Sem falsa modéstia, sou expert nesse lance. Passei por isso em 1975, há 50 anos, portanto.

Vou dar um exemplo, lembrando que os tempos são outros, a moeda é outra, mas acho que dá para explicar.

O Pedro Muffato era o prefeito, eu Secretário de Finanças. O prefeito ficou sabendo que terrenos caríssimos, em especial pela explosão da cidade, que crescia e valorizava de forma assustadora, eram avaliados para fins de cobrança do IPTU em valores ínfimos, irrisórios. Por exemplo: um terreno de valor real de 100.000 era avaliado em 5.000, ou 5% do que valia. Pedro ordenou um reajuste nas avaliações.

Quando ficou pronta a reavaliação, tipo aproximar o terreno de 100.000 cruzeiros da realidade, avaliamos em 60 ou 70.000 mil. (Cruzeiros, a moeda da época).

O imposto de 2% do terreno citado, que no ano anterior custou 100 cruzeiros, passaria com a nova avaliação a ter um imposto de 1.200 cruzeiros.

Quando isso foi verificado, claro que o Pedro Muffato recuou, e o terreno (que valia 100.000) foi avaliado em 10.000, ou 10% do que valia de fato.

Foi uma guerra. Todos os ricos da cidade vieram à prefeitura, grande parte dos pobres chiou pesado. O regime militar estava no auge do poder, fui chamado ao 2º. Grupamento mais de uma vez para explicar o que tinha causado tanta revolta na população.

O IPTU é exemplo mais claro de lei que é feita para não funcionar. (Tipo álcool zero se for dirigir, tipo viagem longa de carro sem ultrapassar nem uma vez os 110 km autorizados).

A nota está muito longa, então resumo o que aprendi com o episódio:

1-É bobagem tentar reavaliar os imóveis, embora a medida seja absolutamente correta pela letra fria da lei. A aposentada que paga 200 reais em um ano, ao receber seu carnê reavaliado, só entende que o IPTU passou para 400, e não quer saber dos motivos. O prefeito passa a ser um inimigo eterno.

2-O valor arrecadado pela prefeitura, com o reajuste, diante do total das receitas da prefeitura, pode ser chamado de insignificante.

3-O dinheiro grosso está em Curitiba, Brasília e na Itaipu. Uma boa conversa com um governador, um ministro, trás verbas maiores que o do aumento do IPTU, com zero desgaste político.

4-A carga tributária nacional já é enorme, sem IPTU dobrado. Pagamos 46% sobre a energia, 48% sobre o telefone, 57% na gasolina, 35% no trigo, 37% no óleo de soja, 43% nas bebidas alcoólicas, e vergonhosos 49% na caneta, 56% embutidos no preço do microondas. Em todos esses impostos absurdos, a Prefeitura tem sua parte. O Renato Silva precisa carregar no IPTU?

5-Nós não encontramos o Haddad para reclamar. Nós não encontramos o Ratinho para reclamar. Mas nós encontramos facilmente o Renato Silva, que vai pagar o pato sozinho da carga tributária injusta.

6-Caso o Renato Silva queira se suicidar politicamente, esse é o caminho mais rápido. Reajusta minimamente o valor venal dos imóveis e daqui há três anos entrega a cadeira de prefeito para o Paranhos, sem disputar.

COOPAVEL: CRESCIMENTO GRADUAL E SEGURO

Entra ano, sai ano, e o problema crônico de falta de estrutura de armazenagem dos produtos agrícolas segue firme e forte. A situação piora a cada ano, com o aumento das safras do país, fato positivo que tem como um dos fatores a atuação do sistema cooperativo do país, em especial do Paraná.

Tanto no aspecto positivo do aumento da produtividade, quanto na busca de infraestrutura maior para armazenagem, a nossa Coopavel não se omite. Neste maio de 2025, a Coopavel iniciou as obras de implantação da sua 34ª. unidade, em Nova Aurora. A Coopavel também adquiriu um complexo de armazéns com capacidade para um milhão de sacas, em Bom Sucesso do Sul, no Sudoeste. A previsão da cooperativa é investir R$ 600 milhões entre o ano passado e dezembro de 2025, em áreas diversas.

Esta é a marca registrada da atuação do Dilvo Grolli e sua equipe: jamais colocar todos os ovos no mesmo cesto.

Moinho de trigo, frigorífico para abate de peixes, estruturas físicas para comercialização de insumos agrícolas a preços honestos para os associados, e muito mais. A Coopavel não para, mas só investe na certeza, com o menor risco possível.

A Coopavel é um dos orgulhos dos cascavelenses.   

NOSSOS PIONEIROS: FAMÍLIA GALAFASSI

Uma das mais respeitadas e admiradas famílias de Cascavel, os pioneiros Galafassi chegaram aqui quando não existia quase nada, e deram contribuição importante para Cascavel atingir os estágios atuais que surpreendem e encantam aqueles que aqui chegam pela primeira vez.

Também é uma das mais numerosas famílias que temos. Além dos Galafassi, uma gente bonita, trabalhadora e séria, outros pioneiros uniram-se a eles e formaram um conjunto familiar excepcional. Os Varisco, os Bertolucci, os Bertoli, entre outros sobrenomes ilustres, trabalharam muito e em muitos setores, para ajudar a construir esta cidade. Eles nos deram comerciantes, agricultores, deputados federais, agrônomos, engenheiros, arquitetos, médicos, e muito mais. Continuam sua saga vitoriosa por aqui.

Nem tudo são flores, infelizmente.

Lembrei de escrever sobre eles no dia 29 de junho, uma data muito triste para eles e para todos os cascavelenses: nesta data, há 47 anos, perdemos Danilo Galafassi, em circunstâncias trágicas. Era um cidadão exemplar, integrado à comunidade, respeitado.

Padrão Galafassi, é a homenagem maior que posso fazer ao Danilo.

DILCEU E ALEXANDRE

Esta semana, uma reunião entre o Presidente da Assembléia Alexandre Curi e o deputado federal Dilceu Sperafico tratou da sucessão do Ratinho Júnior. Com apoio de um poderoso grupo político, Alexandre Curi articula sua candidatura a governador, e tenta fechar acordos com lideranças do interior do estado que possam neutralizar sua imagem de “candidato curitibano”.

O maior cabo eleitoral do estado, Ratinho Júnior, não dá sinais claros de já ter escolhido o nome preferido para sucedê-lo. Não é segredo que Ratinho e Guto Silva são parceiros políticos e amigos pessoais, mas daí até fechar o apoio vai uma larga distância.

Dilceu Sperafico é o deputado federal com a maior base de apoio do interior. Mais de cinco dezenas de prefeitos, muitos vice-prefeitos, centenas de vereadores, além de praticamente todas as lideranças do agronegócio do estado, que têm no Dilceu sua voz mais confiável em Brasília.

Caso o Alexandre convença o Dilceu a aderir ao seu grupo, terá dado um passo importante para consolidar sua candidatura.

Dilceu tem recebido acenos de outros candidatos, que acompanham a sua atuação, na formação do grupo numeroso e coeso de políticos, poucas vezes reunido no interior do estado.

Alexandre e Dilceu não divulgaram o que foi tratado.

  DR. CLOVIS PEDRINI JÚNIOR

O professor toledano Clóvis Pedrini Júnior acaba de receber o título de Doutor em Comunicação, pelas Universidades de Sevilha, Universidade de Cádiz, Universidade de Huelva e Universidade de Málaga, que respondem pelo Programa Interuniversitário em Comunicação.

Egresso do corpo docente da FAG, com MBA em Marketing, Comunicação, Propaganda e Vendas, é especialista em Docência no Ensino Superior.

Clóvis Jr. recebeu da banca a nota máxima.

A OPINIÃO DO INTERIOR

Nos municípios do Oeste e do Sudoeste, é unânime a opinião de que a eleição para governador do Paraná tem quatro favoritos, e ninguém sequer analisa outros nomes. Sergio Moro dá entrevistas seguidas confirmando sua candidatura. Rafael Greca já está em campanha, e segundo seus apoiadores mais próximos (pesos pesados na política e na estrutura financeira de campanha) não tem como impedir sua candidatura. Está irredutível, sairá candidato de qualquer forma. Os dois outros nomes, Alexandre Curi e Guto Silva, disputam o apoio do Governador.

Beto Richa, que aparece bem situado nas pesquisas, atrás apenas do Sergio Moro, é dado como certo na disputa de uma das duas vagas ao Senado. Livre de todas as acusações, Beto faz ótimo trabalho na Câmara Federal e já recuperou boa parte do seu prestígio político, que o levou a conquistar vitórias em quase todas as eleições que disputou. Perdeu uma, mas não para um adversário político. Perdeu para a Rede Globo e para o famoso golpe sujo do Gaeco.

TARIFAÇO DO TRUMP

Os Estado Unidos têm um presidente extremamente autoritário e que usa o cargo de forma duríssima na defesa dos interesses do país que o elegeu.

Tem o respaldo do Congresso, tem o respaldo do Poder Judiciário e principalmente o respaldo da força econômica da nação mais poderosa do planeta. E, para dar uma piorada no lance, é prepotente, do tipo que os antigos citavam como “mais grosso que cepo de açougueiro”. Ele usa o direito de impor as suas decisões, em particular na área tributária, e dirige suas ações contra todos os países cujos governantes desafiam o sistema de comércio dos EUA. Seu argumento é o mais simples possível, e indesmentível: foi eleito para defender os EUA e não os “países amigos”.

Aliás, se até a China, segunda maior economia mundial, teve que se sujeitar às ordens do Trump para negociar redução de tarifas, é inadmissível que um borra-bosta como o Lula, recém-saído da prisão por benesse de ministros nomeados pelo PT, “dirigindo” mal e porcamente um país quebrado, continue discursando imbecilidades como “ingerência”, “soberania” e outras sandices.

O prejuízo causado pelas bazófias do Lula, para piorar, vai estourar na camada mais pobre da população, que não tem discernimento para mensurar o que fez com o país ao eleger (não foi provada a fraude) o falso malandro.  

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