Anastasia é eleito relator da comissão do impeachment do Senado

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A comissão especial do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT)
no Senado elegeu nesta terça-feira (26) seu presidente e relator. A eleição
para a presidência foi por aclamação e ficou com o senador Raimundo Lira
(PMDB-PB). Já a eleição para a relatoria gerou mais de duas horas de
debates entre os senadores, mas acabou sendo confirmado o nome do senador
Antonio Anastasia (PSDB-MG), eleito com cinco votos contrários. As bancadas
do PT, PCdoB e PDT foram as únicas a encaminhar votos contra Anastasia
como relator. As informações são de Felipe Amorim e Leandro Prazeres no UOL.
Após ser confirmado como relator, Anastasia prometeu “serenidade”
“debate” no exercício da função. “Deus me concedeu o dom da serenidade. E
essa serenidade servirá muito, juntamente com meu senso de
responsabilidade, que sempre caracterizaram meu trabalho nas funções
públicas que exerci, para desempenhar aqui as funções de relator.
Escutando, ouvindo, debatendo, aberto de maneira extremamente democrática”,
declarou.

A escolha do tucano para a relatoria aconteceu após diversas manifestações
contrárias de parlamentares governistas, que tentaram impedir Anastasia de
assumir o cargo alegando que ele, por ser do PSDB, não teria isenção para
elaborar o parecer sobre o pedido de impeachment contra Dilma. Ele também é
aliado e ex-coordenador de campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

As senadoras governistas Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin
(PCdoB-AM) fizeram questões de ordem pedindo que Anastasia ou qualquer
outro parlamentar do PSDB não pudessem assumir o cargo de relator da
comissão. Anastasia foi o indicado do PSDB para o cargo, e foi também o
único indicado a relator entre os membros da comissão.

Hoje, o presidente da comissão negou as questões de ordem. Segundo Lira,
nem Anastasia nem o PSDB são autores do pedido de impeachment, hipótese em
que estaria prevista nas regras do Senado o impedimento do parlamentar para
ocupar a função na comissão. Lira afirmou ainda que a Lei do Impeachment
diz que apenas cidadãos podem assinar o pedido de impeachment, e não
partidos políticos, o que, segundo o presidente da comissão, excluiria a
participação do PSDB na autoria do pedido.

Senadores do PT argumentam que um advogado do PSDB, Flávio Henrique Costa
Pereira, também assinou o pedido de impeachment entregue à Câmara pelos
juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Junior, e pela advogada Janaina
Paschoal.

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) afirmou que o advogado do partido
assinou o pedido de impeachment no exercício da advocacia, representando os
autores da denúncia, e não como autor do pedido.

(foto: Moreira Mariz/Agência Senado)

*link matéria *
http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/04/26/senado-elege-presidente-da-comissao-do-impeachment.htm

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