Assim que a presidente Dilma Rousseff (PT) for afastada pelo Senado,
provavelmente no próximo dia 12 de maio, a executiva nacional do PMDB vai
intervir no diretório do Paraná e tirar o comando do partido das mãos do
senador Roberto Requião. A comissão interventora terá Rodrigo Rocha
Loures, o deputado Osmar Serraglio e o ex-governador Orlando Pessuti. Um
dos três assumirá a presidência do PMDB no Estado.
Gleisi desdenha nova delação:”mais do mesmo”*
“Mais do mesmo”. Foi assim que a senadora Gleisi Hoffmann classificou a
delação do advogado Antonio Carlos Brasil Fioravante Pieruccini, que, em
depoimento à Procuradoria-geral da República, afirmou ter entregue, a mando
de Alberto Yousseff, dinheiro que seria destinado à campanha da senadora
petista nas eleições de 2010. As informações são do Paraná Portal.
“Essa delação já foi matéria em toda a imprensa há um mês. Todas as provas
que constam no inquérito comprovam que não houve solicitação, entrega ou
recebimento de nenhum valor pela senadora Gleisi Hoffmann”, diz nota
distribuída pela assessoria da senadora.
Ainda segundo a equipe de Gleisi, “são inúmeras as contradições nos
depoimentos dos delatores, as quais tiram toda a credibilidade das supostas
delações. Um deles apresentou, nada mais, nada menos, do que cinco versões
diferentes para esses fatos, o que comprova ainda mais que eles não
existiram”.
Em seu depoimento, Pieruccini contou ter ouvido de Youssef que os valores
“tinham sido acertados com Paulo Bernardo”, marido de Gleisi e ex-ministro
do Planejamento (2005-2011) e das Comunicações (2011-2015), e se destinavam
à campanha eleitoral da candidata ao Senado.
Ele disse que as entregas ocorreram em uma sala no PolloShop, localizado na
rua Camões, em Curitiba, pertencente ao empresário Ernesto Kugler
Rodrigues. Pieruccini levou uma caixa lacrada com a inscrição “P.B./Gleisi”.
Na sua frente, segundo o advogado, Kugler contou as notas, em um total de
R$ 250 mil, mas fez duas reclamações: o primeiro valor “não dava nem para o
cheiro” e a etiqueta da caixa não deveria mais aparecer nas próximas
entregas –houve mais três, de mesmo valor, de acordo com ele.
A nota de Gleisi Hoffmann chama atenção para o fato de Pieruccini ser sócio
de Youssef e de o advogado Figueiredo Bastos advoga para boa parte dos
delatores da Lava Jato, como Delcídio do Amaral, Alexandre Romano,
Pieruccini, Pedro Corrêa, Rafael Ângulo e Pedro Barusco. “Obviamente, tendo
o mesmo advogado, os delatores poderão alinhar suas versões antes de
prestar depoimentos, para, além de se protegerem mutuamente, não serem
incoerentes com o que dizem e envolverem nesse esquema quem eles têm
interesse efetivo de envolver” argumenta.
(foto: divulgação)
*link matéria*
http://paranaportal.uol.com.br/blog/2016/04/25/gleisi-responde-sobre-nova-citacao-na-lava-jato/