Após receber R$ 4,7 milhões de empreiteiras do Petrolão, Gleisi defende financiamento público de campanhas eleitoral

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Em 2010, a senadora Gleisi Hoffmann (PT) recebeu R$ 4,7 milhões para sua campanha de empreiteiras denunciadas no Petrolão, o escândalo que investiga R$ 88 bilhões desviados da Petrobras. Agora, em post no Facebook, Gleisi defende o financiamento público das campanhas. “Na reforma política, o principal ponto será mudar as regras do financiamento de campanha. Eu defendo que tenhamos financiamento público das campanhas com definição de teto para os gastos eleitorais”, diz a petista.

Nas aberturas do trabalho no Senado, apesar do visual novo, Gleisi não consegue se livrar das suspeitas do seu envolvimento no Petrolão. A petista, segundo os delatores Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff, recebeu R$ milhão não declarado na justiça eleitoral.

Das empreiteiras, Gleisi recebeu R$ 3.71 milhões pelo seu comitê eleitoral e outros R$ 2,78 milhões via diretório nacional do PT. A maioria das empreiteiras está devera enrolada nas denúncias do Lavajato. No segundo semestre de 2014, Gleisi agia como uma líder do governo Dilma no Senado e articulou pelo esvaziamento da CPI da Petrobras. Alegava, em entrevista à imprensa, que o pedido e a CPI “não tinha fato relevante” à ser investigado.

Depois disso, já em novembro, uma penca de executivos foi preso e alguns deles já anunciaram que farão acordo de delação premiada e outros ainda, arrolam o marido de Gleisi, o ex-ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, como testemunha. Os dias não estão sendo fáceis para Gleisi, mesmo com visual novo.

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