Youssef não ocultou bens, diz Figueiredo Basto

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O advogado do doleiro Alberto Youssef, Antônio Figueiredo Basto, negou que seu cliente tenha omitido o tamanho real de seu patrimônio à Justiça Federal. A acusação foi feita pelo empresário Leonardo Meirelles, que foi sócio de Youssef. Segundo ele, o doleiro tinha patrimônio muito superior aos R$ 50 milhões que diz ter. “É mentira, mentira”, disse Basto. “(Meirelles) Não indicou patrimônio, não indicou nada. É um mentiroso.”. As informações são da Folha de S. Paulo.

De acordo com Meirelles, Youssef “tem muitas coisas ocultas, dentro de fundos, ou são ao portador. O patrimônio dele é de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões. O banco do Youssef – porque doleiro é como um banco – movimentava de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões por mês”. Caso seja verdadeira, a acusação pode anular o acordo de delação premiada que Youssef fez com a Justiça, e pelo qual denunciou políticos e empreiteiros envolvidos com corrupção na Petrobras.

O advogado disse que Meirelles não era sócio de Youssef, e sim que era doleiro e fez operações de câmbio para ele. Para o defensor, é preciso ver se há alguma acusação formal no inquérito para que haja apuração e acareação.

“Não é uma acusação formal, é feita pela imprensa. E tem que provar. Quem fala, prova”, afirmou o advogado. Na entrevista, Meirelles disse que emprestava empresas para Youssef fazer remessas e ganhava 1% do valor.

“Ganhei US$ 1,5 milhão, ou quase R$ 4 milhões, em quatro anos. Youssef tenta se colocar como vítima dos políticos, mas ele era o mentor porque fazia a ponte entre os setores público e privado, entre empreiteiras e a Petrobras. Em 2003, ele era um doleiro municipal, mas depois tornou-se um doleiro federal, com poderes em ministérios.”

O empresário disse que Youssef era sócio oculto de outras empreiteiras, além da UTC: “Em vários processos que ele intermediou para as empreiteiras, em vez de ganhar recursos, ele adquiriu percentuais do projeto”.

Meirelles negou que tenha pagado recursos ao ex-deputado federal André Vargas: “Vargas foi colocado de forma equivocada e injustiçada nesse processo… Nunca dei um centavo ao Vargas”.

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