Agora já é pura desfaçatez com o Paraná, com pais e estudantes. A APP-Sindicato marcou para a próxima quarta-feira, 4 de março, em Curitiba, a assembleia para avaliar as propostas do governo e decidir se encerram a greve na rede pública estadual. Nos bastidores do acampamento do Centro Cívico, a orientação é postegar no máximo a greve até o dia 15 de março – data dos protestos de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A APP, filiada a CUT, o braço sindical do petismo, pretende manter o desgaste do governador Beto Richa e esvaziar, ou confundir, a manifestação do dia 15.
Em greve há 20 dias, as aulas dificilmente começam na próxima segunda-feira (2 de março), como pediu o governo durante a negociação com os professores. O mais provável que as aulas começam no dia 9 de março – a seis dias dos protestos contra Dilma que devem ocorrer em sete cidades do Paraná: Curitiba, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel, Ponta Grossa e Guarapuava.
O governo atendeu às demandas apresentadas pelo sindicato, diz que a rede estadual está pronta para a retomada das aulas e espera que os professores voltem para as salas na próxima segunda-feira. Segundo o Executivo, a greve afeta 970 mil alunos das 2,1 mil escolas estaduais. “Não existem mais razões administrativas, operacionais e financeiras que impeçam o início do ano letivo. O governo fez todo o possível para resolver a situação do magistério. Agora temos que voltar para as salas de aula para que os alunos não sejam prejudicados ainda mais”, afirmou o secretário da Casa Civil, Eduardo Sciarra.