Associação Médica publica nota de repúdio a Requião

A Associação Médica do Sudoeste Novo publico no Jornal de Beltrão, na edição de sábado (9) do Jornal de Beltrão, nota de repúdio contra o senador Roberto Requião (PMDB) pela “forma falsa e leviana” que tratou a falta de atendimento no Hospital Regional do Sudoeste. Fizeram imagens no ambulatório do hospital, que fecha aos finais de semana, para retratar, de forma falsa e leviana, a falta de atendimento no hospital. Ora, por que não aparecem em dia de funcionamento? Por que não gravaram na emergência ou na enfermaria, que estavam lotadas?”, diz a nota.

“O HRS, neste final de semana, no qual estes políticos entraram sorrateiramente em suas dependências, estava com a sua taxa de ocupação em 90%. Bastava que estes políticos tivessem descido a rampa de acesso às enfermarias e teriam constatado a ocupação. Mas certamente não eram estas as suas intenções. Por este ambulatório que estes senhores passaram, circulam, a cada mês, cerca de 3.500 pacientes, em busca de atendimento diferenciado”, continua a nota. Leia a seguir a sua íntegra.

A Associação Médica do Sudoeste Novo vem a público denunciar fato ocorrido no último sábado, dia 02/08/2014, por volta do meio dia, nas dependências do Hospital Regional do Sudoeste (HRS): O candidato a governador do Estado do Paraná, senador Roberto Requião, acompanhado por alguns políticos, dentre eles o prefeito de Francisco Beltrão, Antônio Cantelmo Neto e sua esposa, a secretária de saúde, Rose Guarda, entraram no Hospital Regional do Sudoeste (HRS), que é uma repartição pública, para gravar programa para campanha eleitoral;

Fizeram imagens no ambulatório do hospital, que fecha aos finais de semana, para retratar, de forma falsa e leviana, a falta de atendimento no hospital. Ora, por que não aparecem em dia de funcionamento? Por que não gravaram na emergência ou na enfermaria, que estavam lotadas?

Os nobres políticos deveriam saber que não é permitido gravar dentro de uma repartição pública, ainda mais num hospital. E caso o candidato a governador Requião não soubesse das regras de um estabelecimento de saúde, seus convidados, o prefeito Neto e sua secretaria de Saúde, por serem profissionais da área da saúde, teriam a obrigação de saber. Isso tudo, é claro, se não estivessem, todos, mal intencionados.

O HRS, neste final de semana, no qual estes políticos entraram sorrateiramente em suas dependências, estava com a sua taxa de ocupação em 90%. Bastava que estes políticos tivessem descido a rampa de acesso às enfermarias e teriam constatado a ocupação. Mas certamente não eram estas as suas intenções.

Por este ambulatório que estes senhores passaram, circulam, a cada mês, cerca de 3.500 pacientes, em busca de atendimento diferenciado. Além disso, cerca de 30% desses pacientes são oriundos do município de Francisco Beltrão, muito além do que seria o proporcional à população do município (23% do total da região atendida pelo HRS). Ou seja, o prefeito Neto usa do HRS mais do que os outros municípios. E por que? Por que tem um pronto atendimento municipal que não dá conta da sua população, que não dispõe de Raio x nem de laboratório, com estrutura precária, fazendo com que seus pacientes procurem outros estabelecimentos de saúde, como o HRS, para serem atendidos. Mas quem sabe com a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) isto mude. Esperamos…

O cidadão, o mesmo que é atendido neste hospital, que tornou-se referência regional, está cansado de ser enganado por alguns políticos que não tem vergonha, estes mesmos que “resolvem” os problemas de saúde pública trazendo “médicos” cubanos sem autorização para atender, com interesse somente eleitoreiro, constroem hospitais e Upas sem planejamento nenhum, mandando a conta para nós, contribuintes.

Não basta levantar paredes. É preciso pensar no humano, em quem vai atender e cuidar dos pacientes. Construir é o de menos. E foi isso o que aconteceu no HRS. Quando o governo anterior entregou o hospital, no final de 2010, além de paredes, havia funcionários com data de validade, contratados por regime especial e temporário (cadê o Sindisaúde na época?), Com prazo de 20 dias para serem todos demitidos. Portanto, o atual governo, foi o responsável sim pelo componente humano deste hospital, fazendo disso sua principal característica: a humanidade e o respeito com os pacientes.

Nós, médicos, e demais profissionais da saúde, estamos também cansados da manipulação de determinados políticos. Basta desta enganação. Os números não mentem. Contra fatos não há argumentos.

Veja e tire suas conclusões:

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