Neste quadrante, nós brasileiros, por força do calendário internacional tivemos a honra de receber em nosso território um grande número de líderes mundiais. É preciso deixar muito claro que eventos como esse obedecem a rígidos protocolos diplomáticos, e que são precedidos de inúmeras reuniões dos profissionais das áreas que são afins do evento.
Quando, por exemplo, você é informado de que o Brasil assinou 37 acordos bilaterais com a China, você tem que ter em mente que esses documentos pressupõem direitos e deveres para ambos os países signatários. Quando os protocolos não são multilaterais e, portanto, revestidos de formalidades ainda maiores.
Os discursos dos Chefes de Estado, cobertos de platitude, são escritos pelas Chancelarias dos países, e os eventos com a presença desses Chefes de Estado servem para a formalização honorífica de tais compromissos. Quero aqui fazer um parêntese para dizer que um assunto nas relações Brasil e China deixou de ser publicizado, e que teve apenas uma lembrança no conjunto de outras esferas atingidas, mas que, por dever de consciência e amor à pátria, eu tenho que destacar. Há quem enfatize – e disto eu, lastimavelmente, não tenho prova – que satélites chineses já estariam à disposição da esfera governamental brasileira para serem o sucedâneo da Starlink, que sabidamente é a comunicação usada em nosso país, inclusive pelas Forças Armadas.
Ora, o destaque é imperioso, haja vista que os indícios são relevantes. Não é desconhecido por nós que Lulle, tão logo eleito, fez obsequiosa visita à China, oportunidade em que se fez acompanhar do seu orientador de políticas públicas, Stédile – o não menos famoso Imperador do MST. Não menos pública é a visita de “Gleisi da Sapucaí”, representando o PT em período posterior à visita de Lulle.
Como desta malta pode de um tudo se esperar, manifesto minha preocupação! Da minha experiência pessoal, tenho a afirmar que o agronegócio do Paraná já tem uma participação extremamente relevante do capital chinês. Não é difícil para quem quer que seja, associar a enorme dependência que o Brasil tem em relação à China no que tange à balança externa. Se o leitor associar os dados que compõem o comentário, não terá dificuldade de vislumbrar que o caminho que nos leva a nos tornar “Grande Venezuela”, está sendo pavimentado. Me assusta que a grande mídia e as pessoas que se outorgam relevância e que lideram a chamada direita, permaneçam silentes em relação à gravidade da questão, e insistam em focar tão somente nos seus projetos pessoais.
O Brasil precisa dos brasileiros, mas em especial ele precisa dos líderes da direita, de congressistas com vergonha na cara, e de uma lapidar limpeza na postura do Judiciário.
BALACOBACO
Ao tempo em que engendra o grande golpe contra a liberdade do povo brasileiro, o atual governo não tem o menor pejo em praticar a política panis et circenses. Se alguém é suficientemente ingênuo para imaginar que esta senhora Janja Evita faz o que faz, sem fazer parte de um enredo bem organizado, está deveras equivocado.
É relevante observar que, enquanto ela encarna a palhaça ridicularizada por um e todos, a atenção se concentra nela – e a sua figura deve ser lembrada pela similitude com o bobo da corte do Rei Sol. Com efeito, enquanto ela ocupa a mídia com a sua ridícula e cintilante figura, e a anormalidade de seu comportamento, há um silêncio obsequioso tanto da Chancelaria brasileira quanto do velho oportunista com quem ela faz parceria matrimonial.
É absolutamente óbvio que esta trêfega senhora não transita na esfera diplomática e invade os compromissos oficiais nos quais não tem nem lugar, e muito menos posição oficial, sem que haja complacência dos envolvidos.
O raciocínio mais tosco e simplório nos levaria a imaginar a imposição a um marido velho e banana. Ocorre que, quando se trata de um Chefe de Estado, existem imposições protocolares, e a propositada não observância das ditas imposições nos leva à conclusão de que isto é adredemente resolvido.
Insisto, com veemência, nesta tese: peço que o leitor pense em quanto útil é as estratégias e estratagemas da esquerda lavradaz, o foco voltado ao circo chefiado por Janja.
Por certo, não escapa a ninguém que ela gasta dinheiro público com os Janjapalooza e sofás e outras bobagens perpetradas, muito comumente, pela hilária figura. Na verdade, se o leitor prestar atenção, ela é uma fonte inesgotável de tiradas histriônicas. Afirmou, por exemplo, que é obrigada a comprar a própria roupa, como se alguma das admiráveis primeiras damas que a antecederam tivessem sua roupa comprada por estranhos, que não o próprio marido, lembrando que o cargo de primeira dama é honorífico.
Me obrigo a insistir que a postura ridícula, senão idiotizada de Janja é de caso pensado – e muito bem. Insisto em que ela dividiu os holofotes do evento internacional, eliminou uma análise com profundidade da figura patética do marido, e desta forma serviu aos desígnios da esquerda inoperante, ora no comando da Pátria.
As afirmações desprovidas de censura e não mensuradas de Janja podem parecer ao leitor manifestações corajosas e empoderadas. Não é preciso conhecer com muita profundidade a cena política para ter certeza de que esta senhora não passa de um personagem, industriado a serviço de quem a comanda.
O EPISÓDIO DO GOLPE
Tenho reserva clara em relação ao golpe que teria sido engendrado e que não teria sequer sido tentado. Ouço falar em ação da Polícia Federal para realizar inúmeras prisões, e outros atos que tão bem são recebidos pela composição do Supremo Tribunal Federal, que atua em conformidade e apoio ao Executivo.
Uma análise criteriosa da oportunidade de divulgação do “golpe” em questão, nos conduz a conclusões imediatas: a primeira delas me desconforta, e muito, porque se de fato a vida dos eleitos e de um Ministro da Suprema Corte (ainda que remotamente) tivesse corrido risco, os órgãos protetivos, em especial a Polícia Federal, teriam falhado de forma contundente e desmoralizante.
Quando assisto o Chefe da Polícia Federal dando entrevista a ufanar-se, faço comparações com o destino dos policiais e seguranças que falharam quando Presidentes americanos perderam a vida.
A mim me parece muito mais que a Polícia Federal continua a obedecer às ordens do personagem central deste momento triste da cena nacional – e tenho a convicção pessoal que esta nova revelação serve tão somente para manter o inquérito do fim do mundo, que assim ainda uma vez mais espanca a lei sendo postergado, sob a égide do Xerife Xandão.
Me incomoda sobremodo saber que o sempre oportunista centrão assiste silenciosamente a esta pantomima. Me incomoda, mas não me surpreende, porque o final de tudo isso nós já sabemos qual vai ser: não haverá anistia a ninguém, e Jair Bolsonaro vai definitivamente continuar inelegível até 2030.
É absolutamente óbvio que, num país que é presidido por alguém que foi retirado de temporada de caneca na grade, fazer comentário com convicção é sempre temerário. Todavia, peço ao leitor que me compreenda e perceba que o comentário é submisso à realidade de hoje.
A verdade que é cada vez mais contundente, é que o Congresso Nacional, desunido que é, e corrompido em grande parcela, não consegue representar a divisão tripartite de poder, e o triângulo que deveria ser equilátero, hoje é isósceles, porquanto dois lados trabalham unidos – a saber, Executivo e Judiciário – para manter o território e o poder que conquistaram, não importando para eles o preço que o povo e a Nação pagam.
Assistir ao boquirroto Ministro Barroso externalizar sua simpatia pelas teses da Nova Ordem Mundial é nauseante e sobretudo, dolorido. Me lembro como se fosse hoje da diatribe entre Barroso e Gilmar Mendes, pois me obrigo a reconhecer que nesta etapa, cada vez mais Barroso se apresenta como um dos muitos “gilmaretes” do nosso Supremo.
REGIONAIS
Dois grandes temas ocupam o Executivo do Estado do Paraná nesta etapa, e referem-se à forma de administras as escolas estaduais e à privatização da Celepar.
Não é segredo para ninguém que o Governador tem absoluto controle sobre a Assembleia Legislativa, que não tem a menor condição de se opor ao Executivo em face dos fracassos eleitorais reiterados da esquerda paranaense. A recente eleição municipal avaliza o comentário.
Todavia, o comando não se estende a todo o Tribunal de Contas, e por algum motivo que desconheço, o Conselheiro Fábio Camargo resolveu obstaculizar a privatização dos serviços das escolas paranaenses. Este é um assunto que terá desdobramentos que prefiro, de forma cautelosa, aguardar.
Já em relação à privatização da Celepar, a questão é aparentemente mais simplória, ainda que de alguma forma possa parecer diferente. A questão da Celepar se resume à proteção dos dados dos paranaenses e da pessoa jurídica do Estado do Paraná.
Ora, afirmo que a questão é simples, porque a LGPD oferece suporte e sucedâneo para que os dados em apreço sejam tratados e mantidos sob sigilo, quiçá mais qualificado inclusive que o da própria Celepar. Tenho certeza que o esforço concentrado do Secretário Guto Silva e do Presidente da Celepar vai resolver a questão e dar a necessária tranquilidade ao povo paranaense, permitindo assim que o processo de privatização ocorra no interesse da coletividade.
ORAÇÃO DE OGIER BUCHI: Senhor, até quando teremos que suportar o circo imposto por dois dos Poderes de Brasília? Senhor, salve a Pátria! Amém.