A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou na sexta-feira (27) a Revisão Tarifária Extraordinária (RTE) na tarifa de energia elétrica para distribuidoras de todo o Brasil. O aumento na conta de luz foi anunciado em reunião da Aneel, em Brasília. O reajuste, válido a partir deste domingo (1), terá índices diferentes para cada Estado. O maior aumento foi no Rio Grande do Sul, 39,5 % para a AES Sul.
No Paraná, a tarifa da Copel foi reajustada em 31,88% para o consumidor residencial. Mais de 80% dos consumidores da Copel são residenciais. Incluindo todos os segmentos tarifários, o reajuste médio da Copel é de 36,7%. A composição de todo o reajuste definido pela Aneel para a Copel provém de repasse de custos do sistema nacional.
A revisão extraordinária visa cobrir os custos que as concessionárias de energia do Brasil estão tendo com a compra de eletricidade mais cara. As distribuidoras, como a Copel, precisam comprar energia no sistema nacional para repassar aos consumidores.
A falta de chuvas nos reservatórios brasileiros reduziu a produção das hidrelétricas e aumentou o uso das termelétricas, uma energia muito mais cara. O reajuste da energia de Itaipu e do repasse de outros encargos federais igualmente estão contribuindo para o aumento do preço.
Os índices são maiores no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, que têm cota maior na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um encargo federal pago pelas distribuidoras de energia subsidiar programa de consumidores de baixa renda, desenvolvimento energético e compra de combustível para as usinas térmicas do País. Estas regiões também têm aumento maior por causa do reajuste na tarifa de Itaipu, impactada ainda pela variação do dólar.